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Santos busca reaproximação com grupo parceiro de Ganso para contar com Kleber

Kléber, atualmente no Internacional, foi jogador do Santos por quatro anos - Marcos Nagelstein/VIPCOMM
Kléber, atualmente no Internacional, foi jogador do Santos por quatro anos Imagem: Marcos Nagelstein/VIPCOMM

João Henrique Marques

Em Santos (SP)

28/12/2011 06h00

O Santos busca o retorno de Kleber, mas esbarra nos mesmos agentes de Paulo Henrique Ganso. O Grupo DIS também representa o lateral-esquerdo do Internacional e não está disposto a facilitar a negociação pelo jogador. Para contar com a volta do lateral, dirigentes santistas tentam minimizar os últimos atritos ocorridos por conta da gestão de carreira de Ganso.

O Santos já levou a proposta de dois anos de contrato a Kleber, mas sabe que a negociação só terá um desfecho positivo em caso de flexibilidade do DIS. O grupo investidor é dono de 100% dos direitos econômicos do lateral e tem um acordo com o Internacional para tirá-lo do clube gaúcho assim que julgar vantajoso.

Para levar Kleber ao Internacional em 2009, o DIS pagou R$ 5 milhões. O grupo quer receber quantia próxima a esse valor e já negocia a transação do lateral para o Vasco. O Santos terá que cobrir a oferta do clube carioca para contar com o jogador.

Por conta disso, a tentativa santista é a de convencer Kleber a jogar pelo clube. A estratégia, no entanto, não é bem vista por toda a cúpula do Santos, receosa em prejudicar ainda mais o relacionamento com o DIS.  

Na primeira conversa com os representantes do DIS sobre Kleber na semana passada, os dirigentes santistas pediram para que fossem esquecidas as negociações envolvendo Ganso.

A mais recente delas foi a compra de 10% do jogador pelos empresários, que gerou comentários de repúdio à parceria do presidente santista Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro: “que morram juntos e abraçados”, disse o mandatário ao ser questionado na rádio Estadão-ESPN  se o camisa 10 abraçou a ideia dos investidores.

Já influenciado pela nova negociação entre Santos e DIS, a de Kleber, o mandatário santista usou a mesma rádio para se retratar sobre a declaração concedida na sexta-feira passada, quando ainda estava de férias em Barcelona.  

“Estava em uma loja com minha filha, um baita frio, com minha filha fazendo compras, e eu apressado para sair da loja quando o telefone tocou. Fui atender ao repórter fora da loja e respondi aos questionamentos sobre o Ganso. Mas é claro que não desejo morte de ninguém, não é para ser levado ao pé da letra. Nós respeitamos o patrimônio do clube e o investidores que o apoia. Não estamos em guerra com ninguém. Aqui tudo é tratado na paz”, se explicou Luis Alvaro.