Reforços do São Paulo lutam contra descrédito, rótulos e pressão de Juvenal
Os cinco reforços apresentados pelo São Paulo chegaram ao clube animados pela estrutura e empolgados com a temporada que se avizinha. Mas, para brilharem no novo time, precisarão lutar contra o descrédito, os rótulos e a pressão imposta pelo presidente Juvenal Juvêncio.
Cada história pode ser contada de uma forma, mas é fato que os reforços do São Paulo chegam tendo que enfrentar a desconfiança por não possuírem um retrospecto vencedor. À exceção do volante Fabrício, contratado junto ao Cruzeiro com status de veterano, todos desembarcam em Cotia ainda como promessas que podem vingar.
O lateral esquerdo Cortês até foi convocado para a seleção brasileira, mas caiu de rendimento quando atuava pelo Botafogo e passou a ser questionado. Maicon e Edson Silva se destacaram apenas no último Brasileirão (pelo Figueirense), enquanto Paulo Miranda fez um bom Nacional pelo Bahia.
Mas a dupla que chegou do Figueirense teve passagens no máximo regulares pelos grandes do futebol carioca, enquanto Paulo Miranda desempenhou no Palmeiras um futebol que não fez o torcedor sentir saudades.
Cortês e Fabrício, inclusive, terão que lutar contra os rótulos que insistem em colar neles. O lateral é tido como mau marcador, enquanto o volante é conhecido como violento. “Fui bem na marcação, só que em alguns momentos não deu certo. Não foi a toa que cheguei onde cheguei”, se defendeu o ex-botafoguense.
A característica guerreira de Fabrício, inclusive, foi valorizada pelo presidente Juvenal Juvêncio, que disse ser esse o perfil que ele quer dos seus jogadores em 2012. O rótulo imposto pelo mandatário são-paulino e a pressão explícita nesse tipo de declaração tornam a vida dos novos reforços mais complicada, ainda se for levado em consideração o fato de o São Paulo estar há três anos sem conquistar títulos.
Mas, pelo menos no discurso, os reforços dizem não sentir pressão para mostrar resultados logo de início. “A cobrança sempre vai existir em um clube grande que briga por título”, desconversou Maicon. “O presidente está certo em cobrar. Acho que a equipe está bem tranquila e preparada”, endossou Cortês.
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