Europa enfrenta crise e concorrência e só rouba atletas de '2ª linha' do Brasil
Os tempos em que os clubes europeus faziam uma verdadeira ‘limpa’ durante a janela de transferência e levavam as principais promessas brasileiras ficaram para trás. O futebol do velho continente sofre com a crise e a forte concorrência e só tem conseguido contratar jogadores de segunda linha do Brasil.
ELES DEIXARAM O PAÍS
Madson Posição: meia Clube: Atlético-PR Para: Al-Khor-QAT | |
Mariano Posição: lateral Clube: Fluminense P/: Bordeaux-FRA | |
Danilo Posição: lateral Clube: Santos Para: Porto-POR | |
Marlos Posição: meia Clube: São Paulo P/: Metalist-UCR | |
Xandão Posição: zagueiro Clube: São Paulo P/: Sporting-POR | |
Maranhão Posição: meia Clube: Bahia P/: Cruz Azul-MEX | |
Gabriel Silva Posição: lateral Clube: Palmeiras Para: Udinese-ITA | |
Everton Posição: meia Clube: Botafogo P/: S. Samsung Bluewings (CDS) | |
Jeci Posição: zagueiro Clube: Coritiba P/: Frontale Kawasaki-JAP |
Neste fim de ano, o Brasil conseguiu manter os principais craques que surgiram nos últimos anos. Destaques da temporada como Dedé (Vasco), Lucas (São Paulo), Paulinho (Corinthians) e o astro Neymar (Santos) permaneceram em seus times.
A estabilidade do país diante da crise mundial e a atual conjuntura econômica contribuíram para o crescimento das fontes de receitas dos clubes brasileiros, especialmente com o aumento das cotas de televisão. Eles ficaram mais fortes para competir com os estrangeiros na hora de contratar e também de segurar suas joias.
Os gringos tiveram que se contentar com estrelas de segunda grandeza. Cortês foi o lateral esquerdo que mais se destacou em 2011, mas segue em terras tupiniquins. Enquanto isso, Gabriel Silva (Palmeiras) foi para a Udinese-ITA, Danilo (Santos) para o Porto e Bruno Collaço voltou a chamar atenção do futebol italiano, mesmo sem se destacar no Grêmio.
No meio de campo, Douglas (Grêmio) e Thiago Neves (Flamengo) brilharam na temporada, mas mantiveram a sequência do trabalho. Quem saiu foram os questionados Marlos (para o Metalist-UCR) e Madson (para o Al-Khor-QAT). Até na zaga a tônica foi a mesma. Dedé continua firme no Vasco, mas Xandão foi buscar um lugar ao sol no Sporting, de Portugal.
O diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Batista, vê uma disputa equilibrada entre o mercado nacional e estrangeiro. Ele cita como exemplo a contratação de Cortês, assediado pelo Napoli-ITA e pelo Paris Saint Germain-FRA, e a transferência do lateral Jean para o Fluminense, após recusar oferta também do time italiano.
“Eles já não conseguem tirar aqueles que são indispensáveis para o nosso elenco com tanta facilidade. Hoje temos o poder econômico parecido com o deles, salvo exceções na Europa que fazem compras de 20 ou 30 milhões de euros. No caso do Cortês, brigamos até o último minuto com o Napoli. Isso dois anos atrás seria impossível”, analisou.
Também já não é qualquer oportunidade no exterior que atrai os brasileiros. O empresário Eduardo Uram, por exemplo, optou por manter Cortês no Brasil para ganhar mais experiência e subir um patamar. Em sua visão, o mercado europeu, hoje, teria dificuldades de pagar sua multa rescisória de 10 milhões de euros por causa da crise que assola o continente.
“Com essa crise, o sub-topo da Europa não tem condições de pagar o que ele vale. A crise afeta tudo. Afeta até o comércio de chiclete, quanto mais o futebol, que envolve muitos milhões de euros. Não é brincadeira. Neste momento, acredito que no São Paulo ele vai crescer mais esportivamente para chegar ao topo”, disse.
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