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Apoio da diretoria não surte efeito, e fracasso do SP na Copinha pressiona CT de Cotia

Principal nome da base da Copinha, Ademilson acabou não rendendo o que se esperava dele - Wagner Carmo/Vipcomm
Principal nome da base da Copinha, Ademilson acabou não rendendo o que se esperava dele Imagem: Wagner Carmo/Vipcomm

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

11/01/2012 06h00

A diretoria do São Paulo compareceu em peso aos jogos da base na Copinha, inclusive indo ao vestiário junto com o técnico Emerson Leão. Mas o apoio não surtiu efeito, porque os meninos fracassaram e foram eliminados logo na primeira fase da competição, com uma atuação no mínimo abaixo da média no geral. Todos esses fatores geram pressão sobre o CT de Cotia, tido como a ‘menina dos olhos’ da gestão do presidente Juvenal Juvêncio.

Nas três partidas disputadas, o São Paulo ganhou uma, empatou uma e perdeu uma, com apenas quatro pontos conquistados, e só ficou na segunda colocação no saldo de gols, pois ganhou a primeira partida por 10 a 0.

A diretoria do São Paulo confiava em poder dar prosseguimento neste ano à geração que revelou vários talentos para o profissional, como o meia Lucas, os volantes Casemiro e Wellington, entre outros. Um sucesso na Copinha neste ano seria uma forma de calar os críticos, que passaram a questionar os jovens quando eles caíram de rendimento.

Juvenal nunca escondeu a esperança depositada na atual geração da base são-paulina. O presidente do São Paulo confia principalmente no futebol do garoto Ademilson, atacante que acabou não rendendo o que se esperava dele na Copinha.

LEÃO PROVOCA LUIS FABIANO NO TREINO

  • Luiz Pires/Vipcomm

    O técnico Emerson Leão concedeu nesta terça em Cotia a primeira entrevista do ano no São Paulo. Bem-humorado, o treinador revelou uma passagem onde aproveitou um conhecido canto da torcida do Tricolor para provocar o atacante Luis Fabiano.

O mandatário são-paulino compareceu ‘in loco’ em Barueri em duas das partidas do São Paulo: na estreia, ele esteve acompanhado de toda a cúpula do Tricolor – seu vice de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, e o diretor da pasta, Adalberto Baptista. Na derrota por 2 a 1 na última partida, era notório o semblante de descontentamento de Juvenal ao ser focalizado pelas câmeras de TV.

Quem também não esteve nada satisfeito nesta terça-feira foi Leão. Desde o ano passado, o treinador reiterava a sua atenção com a base. A decisão de levar o profissional para Cotia em janeiro também foi com o intuito de promover uma integração entre os setores.

Ele esteve presente em todos os jogos, conversou com os garotos, papo que não surtiu o efeito esperado. “Estou olhando, comparecendo. O Zé [Sérgio, técnico da base] brinca comigo, sou companheiro dele desde a seleção. Ele fala que está tomando uma pressão que nunca viu. No mesmo jogo, mesmo dia, mesmo local, estava o presidente, o vice, o diretor de futebol e o treinador”, falou na terça pela manhã em Cotia, antes do jogo.

O histórico recente da Copinha conta que vencer a competição não significa brilhar no profissional – a título de exemplo, o santista Neymar sequer conseguiu chegar na final da competição. Mas cair na primeira fase pressiona os garotos do São Paulo, e serve como a munição que a oposição queria para criticar os polpudos investimentos de Juvenal em Cotia.