Má fase, dispensas e mercado escasso fazem ataque virar pesadelo do Palmeiras
O ataque do Palmeiras em 2011 deixou a torcida em estado de nervos. Com os pedidos de Felipão e as promessas da diretoria, as esperanças eram grandes para 2012. Mas o setor ofensivo novamente se tornou o pesadelo da equipe com opções pouco animadoras por causa do retrospecto ruim e do mercado escasso.
Hoje, a equipe conta com cinco atacantes de ofício no elenco, todos remanescentes do ano passado: Fernandão, Ricardo Bueno, Vinicíus, Maikon Leite e Luan. As expectativas não são boas, já que o rendimento em 2011 deixou a desejar. O time teve o segundo pior ataque do Brasileirão com 43 gols, ao lado do Bahia. Foi melhor apenas que o rebaixado Atlético-PR.
Diante disso, a diretoria decidiu se desfazer de algumas peças. No fim do ano, não renovou o contrato de Dinei, que marcou quatro gols em 35 jogos na última temporada. Outro atleta que também está perto ir embora é Fernandão. O presidente Arnaldo Tirone admitiu que ele deve ser negociado. “Acho que o Fernandão vai trocar de time agora. Tem uma proposta de fora, tem o próprio Sport que quer ele”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
As saídas não vão solucionar o problema e quem ficou precisará mostrar mais serviço. Maikon Leite chegou ao clube depois da conquista da Libertadores com o Santos com a responsabilidade de ser o homem de velocidade que Felipão precisava. Até começou bem, mas sofreu com lesões, caiu de produção e amargou a reserva.
O jovem Vinicius, vindo da base, nunca teve muitas chances e foi o pivô de uma briga entre o treinador e o grupo DIS, que não quis negociá-lo com o futebol italiano. Já Ricardo Bueno chegou contestado do Atlético-MG e segue sem convencer. Em 16 partidas no ano passado, marcou apenas dois gols. Apenas Luan teve um rendimento melhor, mas ajuda bastante na marcação e atua mais como um ponta.
Diante do cenário, contratar um centroavante é a prioridade da diretoria que vem encontrando dificuldades. Tirone admitiu que não está fácil, mas vai continuar tentando.
“Centroavante está difícil, mesmo na seleção brasileira. Você tem Leandro Damião, o Fred, mas o próprio técnico da seleção falou para mim que não está fácil para a seleção. Os que vieram jogar no Brasil - foram repatriados - tiveram dificuldades para jogar. Foram centroavantes com investimento alto. A qualquer momento a gente tem de entender que vai aparecer um jogador para vestir a 9 do Palmeiras", disse.
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