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Vágner Mancini foge do estereótipo de 'pai coruja', mas destaca atuações do filho na Copinha

Matheus Mancini (nº 6) tem futuro no futebol na visão do "professor" Vágner Mancini - Site oficial do Olé Brasil/Divulgação
Matheus Mancini (nº 6) tem futuro no futebol na visão do 'professor' Vágner Mancini Imagem: Site oficial do Olé Brasil/Divulgação

Guyanne Araújo

Do UOL, em Belo Horizonte

15/01/2012 06h00

Um “menino muito esforçado”, que segue à risca os seus ensinamentos e que tem tudo para "deslanchar" no futebol. Essa descrição feita por Vágner Mancini não é de nenhuma promessa do Cruzeiro, clube do qual é treinador, mas de seu filho, Mathens Mancini, de 17 anos. O jogador é zagueiro do Olé Brasil, que se classificou para as oitavas de final da Copa São Paulo de juniores, ao vencer o Uberlândia por 2 a 1, no último sábado, em Batatais. Preocupado em tentar falar mais como técnico do que pai, ele projeta um futuro promissor para o garoto.

  • Washington Alves/Vipcomm

    Mancini admite que gostaria de ver o filho na base do Cruzeiro, mas se sente impedido de indicá-lo

“O Matheus segue à risca o que eu sempre ensinei e tentei passar para ele, então é um cara que tem tudo para deslanchar no futebol, altura, sabe jogar também. É até difícil ficar falando do filho, mas estou tentando ser o mais técnico possível para que não seja uma rasgação de seda, mas acho que tem muita coisa ainda ser melhorada”, analisou.

Antes de se fixar como zagueiro, Mancini, como é conhecido no Olé Brasil, passou por todos os outros setores. Segundo Vágner Mancini, o filho começou como atacante, depois foi meia, volante, e hoje é zagueiro.  “Então, espero que com todas essas mudanças ele possa aprender bastante em termos táticos, porque a maneira como é jogado o futebol exige que o atleta saiba se posicionar em campo e acho que ele está no caminho certo”, pontuou.

Desde que a Copa São Paulo começou a ser disputada, Vágner Mancini se dividiu nas funções de treinador e pai. Tentou acompanhar jogos que passaram pela televisão, como a vitória do Olé Brasil sobre o Fluminense por 3 a 2, quando o zagueiro Mancini fez um dos gols que ajudaram o seu time a se classificar para a segunda fase da Copinha.

E Vágner Mancini admitiu que sofreu ao assistir, pela televisão, o jogo com o Fluminense. “Olha, eu vou te confessar uma coisa, não sabia que era tão difícil assistir um jogo de alguém muito interessado ou de alguém muito perto da gente. Eu vi o jogo, sofri muito ainda mais em função que eles tinham que vencer”, contou o treinador.
 
A função como treinador e a distância o impedem de acompanhar mais de perto o trabalho do filho, mas sempre que pode ele conta que procurar orientá-lo. “Nos últimos dois anos eu pude assistir a cinco, seis jogos apenas dele, vi esse ultimo aqui na TV, que foi mostrado ao vivo, mas é difícil, as vezes sinto a necessidade de que eu estivesse mais perto para orientar mais, para exigir  algumas coisas que eu sei que são muito importante nessa idade”, comentou.

Mancini, no entanto, lamenta a distância, embora veja um lado positivo nisso também. “Faz com que a gente deixe um pouco frouxo e ao mesmo tempo de repente isso é importante para ele também para buscar o seu caminho, as coisas que vão ser obstáculos na sua vida”, avaliou.
 
Indagado se o indicaria ao Cruzeiro, o treinador disse que não, mas manifestou a vontade que alguém do clube mineiro o observasse. “Eu sinceramente não. Acho que tem que partir das pessoas que estão na base do Cruzeiro. O Matheus é um atleta de 17 anos, eu tenho muitos amigos no futebol me dou com todo mundo no meio e seria até fácil fazer uma indicação, mas acho que o mais certo é que alguém observe, alguém vá lá no time dele que é o Olé Brasil, faça a proposta e aí que naturalmente aconteça o que tiver de ser”, afirmou.

Nos últimos dias Vágner Mancini tem se dividiQuando o técnico Vágner Mancini estiver comandando o primeiro coletivo do ano do Cruzeiro, na tarde deste sábado, na Toca da Raposa I, o filho dele, Matheus Mancini, também em campo, mas em Batatais, ajudando a sua equipe o Olé Brasil a tentar vaga às oitavas de final da Copa São Paulo, diante do Uberlândia. Zagueiro, de 17 anos, ele fez um gol na vitória sobre o Fluminense, por 3 a 2, que classificou o time para a 2ª fase.