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Roger faz faculdade em BH e descarta ficar de 'pernas para o ar' na aposentadoria

De olho no futuro, Roger cursa jornalismo e diz já ter sondagens para trabalhar na área - Washington Alves/Vipcomm
De olho no futuro, Roger cursa jornalismo e diz já ter sondagens para trabalhar na área Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Guyanne Araújo

Do UOL, em Belo Horizonte

25/01/2012 06h01

Preocupado com a proximidade do final da carreira, o meia Roger, de 33 anos, passou a dividir, desde o ano passado, os treinos e jogos do Cruzeiro com a Faculdade Estácio de Sá na capital mineira, onde estuda jornalismo. Além de agradar a mãe, Geuse, que queria ver o filho se formar num curso superior, o jogador, que revela já ter recebido convites informais para trabalhar em sua futura profissão, não quer ficar ‘de pernas para o ar’ na aposentadoria.

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  • Juliana Flister/Vipcomm

    No 1º período de curso, Roger enfrentou dificuldade devido à fase ruim do Cruzeiro no final do Brasileiro

“A partir do momento que você vai vendo que sua carreira profissional vai chegando ao fim, está naquela parte final, eu ainda não sei quanto tempo vou jogar, mas que está chegando ao fim está, a gente começa a pensar no futuro”, observou Roger, que espera concluir a faculdade.

“Não sou um cara que pretendo não fazer nada, daqueles ‘ah não, ganhei um bom dinheiro, se souber investir, fico de pernas para o ar’. Eu não consigo ficar parado, gosto de trabalhar, independente da profissão, e eu gostaria de ter uma faculdade, gostaria de me formar, minha mãe me cobrou sempre isso”, acrescentou o meia.

Casado com a atriz Deborah Secco, Roger, que chegou ao Cruzeiro em fevereiro de 2010, admite seguir a carreira de jornalista, até mesmo pela proximidade diária com a imprensa durante a carreira, mas quer se aprimorar na futura profissão.
 
“É bom, jornalismo ou comunicação é uma área me deixa bem à vontade, porque eu trato com vocês (jornalistas) diretamente, sei mais ou menos como funciona, mas gostaria de me aperfeiçoar”, afirmou o jogador do Cruzeiro.
 
Embora esteja ainda na faculdade, Roger disse que seu interesse na área jornalística já lhe rendeu sondagens para trabalhar depois de se aposentar. Porém, o meia não quer se apoiar apenas na fama como jogador para abrir portas em sua nova carreira.

“Não sou daqueles que aceito convites porque ou fui um grande jogador, ou fui um bom profissional. Eu gosto de encarar os desafios preparados. Então, acho que uma formação acadêmica é a coisa melhor que poderia fazer para encarar os desafios que vão vir pela frente, pode ser relacionado a comunicação, pode, pode não ser, pode não ser, mas tenho certeza que essa formação me vai cair muito bem para o meu futuro, independente da profissão que eu escolha”, ressaltou.

Apesar de entusiasmado com a nova experiência, Roger enfrentou dificuldade em seu primeiro período na faculdade. Por causa do momento conturbado vivido pelo Cruzeiro no final do Campeonato Brasileiro, quando quase foi rebaixado para a Série B, o meia não pôde frequentar as aulas e ficou prejudicado.
 
“Final do ano passado foi muito difícil, porque ficamos muito tempo concentrados, a fase estava muito ruim, mas tomara, quando eu sair daqui, vou voltar na faculdade para regularizar minha matricula, vou conversar, vou ver se eles tenham bom senso para me ajudar (risos)”, afirmou o jogador.
 
Roger espera se matricular para o segundo período e dar sequência ao curso. “Estava no primeiro e vou para o segundo (período). Vamos ver se eles me ajudam um pouquinho para que não me deixem com excesso de matérias para esse semestre, mas tenho certeza que vão me ajudar (risos). Porque eles viram, não foi uma coisa que faltei porque não estava fazendo nada, todo mundo sabia o que estava acontecendo, foi uma questão profissional”, ressaltou o meia.