Vice-presidente diz que Tirone deve substituir Frizzo no futebol do Palmeiras
Arnaldo Tirone deve ceder às pressões cada vez mais fortes para tirar Roberto Frizzo do departamento de futebol do Palmeiras. O vice administrativo, Edvaldo Frasson, nome que era o mais cotado para assumir a área, rejeitou a possibilidade pela estreita ligação que diz ter com o atual comandante do setor e indicou que o próprio presidente deve formar uma dupla com César Sampaio para comandar o principal departamento do clube.
Em contato telefônico com o UOL Esporte, Tirone limita-se a dizer que por enquanto não há definição de nada e confirmou que tem conversado com Frizzo diariamente sobre sua situação. Já Frasson afirmou que a mudança no setor ainda não está confirmada, mas mostrou que há planos para que o futebol seja controlado por outra pessoa.
"Da minha parte, essa história de que eu vou assumir não procede. Não faria isso com Frizzo porque sou muito parceiro dele. Não faria mesmo. Se mudar o futebol, o Tirone vai acumular a função. Ele seria presidente e diretor de futebol, ajudado pelo César Sampaio", explicou Frasson.
A pressão pela saída de Frizzo só cresce desde o ano passado, pouco tempo depois da eleição de Tirone, em janeiro de 2011. De lá para cá, o vice-presidente foi xingado por Kleber, que hoje está no Grêmio, ouviu reclamações públicas de Luiz Felipe Scolari e perdeu batalhas nos bastidores, como as saídas do então gerente administrativo Sérgio do Prado, por exemplo.
Na reunião do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) da noite da última terça-feira, Tirone foi novamente pressionado pelos conselheiros. Suas contas foram reprovadas mais uma vez com nove votos contra oito. Desta vez a margem foi bem menor graças a uma campanha encabeçada pelo próprio presidente e que teve apoio, principalmente, de membros ligados ao ex-presidente Affonso Della Mônica.
O encontro desta terça também foi marcado pelo "convite a se retirar" feito para o opositor Luiz Carlos Granieri. Ele é suplente do COF e acompanha as reuniões para poder suprir as necessidades caso seja convocado para alguma reunião. A ele, o líder do órgão, Alberto Strufaldi, afirmou que sofreu pressão para que ele não entrasse na reunião por ter dado constantes declarações a favor da aprovação das contas.
No início da semana, em entrevista ao UOL Esporte, Tirone já havia sinalizado que pensava em mudar o comando do futebol, dizendo que ninguém era eterno. Roberto Frizzo, normalmente o dirigente mais acessível do Palmeiras, não foi localizado para comentar o assunto.
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