Por causa de sete dias, Palmeiras paga aviso prévio em dobro de funcionário demitido
Conselheiros do Palmeiras se dizem inconformados com o suposto pagamento em dobro do aviso prévio para a demissão do ex-gerente administrativo Sérgio do Prado. Wlademir Pescarmona, um dos líderes da UVB, maior chapa de oposição no clube, afirma que o RH avisou aos departamentos jurídicos e financeiros que o desligamento do funcionário naquele momento resultaria em uma multa rescisória maior. Pelas leis trabalhistas, a multa precisa ser dobrada caso alguém seja demitido em novembro, no mês do dissídio.
“É um absurdo, já estou falando com todo mundo como pode acontecer uma história dessas. É falta de senso. Por causa de sete dias, o clube perde dinheiro. Não quiseram segurar a demissão mesmo com o RH avisando”, disparou Pescarmona.
Contatado, Sérgio do Prado confirmou a história. Ele foi demitido no dia 23 de novembro de 2011 e disse que, ao assinar os documentos da rescisão, estranhou os valores a receber. Posteriormente, ele foi informado que o pagamento em dobro fazia parte das leis trabalhistas.
“Me senti agraciado e indignado ao mesmo tempo. Na hora da homologação, fui informado que tinha dois avisos, porque nenhum funcionário pode ser demitido em novembro.Descobri porque eu estranhei o valor maior e apontei para o RH. Fui informado de que estava recebendo dois avisos por ter sido no dia 23 de novembro. Ou seja, por uma semana recebi a mais. Agradeço ao presidente Arnaldo Tirone, ao Piraci [de Oliveira, diretor jurídico] e [Marcos, gerente financeiro] Bagatella por ganhar mais. Mas fico indignado em saber que as mensalidades do sócio ficam indo pelo ralo assim”, disse Sérgio do Prado, que completou.
“Isso é um grão de areia do que eu sei dos problemas graves que estão dentro do CT. Eu tentei falar com Arnaldo Tirone por cinco vezes e ele não quis me ouvir. Não vou ficar espalhando pelo bem do clube, mas não posso negar um fato verídico. Volto a dizer que a verdade não prescreve”.
Por outro lado, o diretor jurídico, Piraci Oliveira, negou que esse fato seja verdadeiro. Ele afirmou que tudo não passa de boatos e que o assunto já foi discutido no ano passado, quando foi levantado.
“Não há o menor cabimento nisso. É uma história sem pé nem cabeça. A gente falou sobre o assunto com quem veio pedir explicações. Não tem isso”, explicou.
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