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Pressionado após aprovação de contas no Conselho, Tirone volta a admitir saída de Frizzo

Frizzo conversa com Tirone na Academia; vice-presidente pode ser afastado do futebol - Luiza Oliveira/UOL
Frizzo conversa com Tirone na Academia; vice-presidente pode ser afastado do futebol Imagem: Luiza Oliveira/UOL

Danilo Lavieri e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

27/01/2012 19h48

A saída de Roberto Frizzo do futebol do Palmeiras está cada vez mais perto de ser efetivada. As pessoas que estiveram presentes na reunião do Conselho Deliberativo, além de aprovar as contas de 2011 por 153 votos a favor contra 41 e aprovar o orçamento para 2012 por 70 votos a 63, pressionaram bastante o presidente Arnaldo Tirone, por mudanças no futebol.

O dirigente respondia para as mais diferentes alas, desde as que são ligadas a Mustafá Contursi até as que respeitam os pedidos de Wlademir Pescarmona, que faria mudanças e que iria analisar o que seria melhor para o clube. Nesta sexta-feira, ele deu mais uma evidência que Frizzo deve ser destituído de sua função em breve. Nos bastidores da reunião, conselheiros comentavam que só votariam pela aprovação das contas por terem a garantia de que o vice seria afastado do futebol.

"Escuta, o Frizzo é vice-presidente, só isso. O único cargo garantido dele é o de vice-presidente, ele não é agarrado ao futebol. Eu estou analisando e posso mudar, sim, o cargo dele. Mas não tenho data para isso. Vou ver quando vai acontecer", afirmou Tirone ao UOL Esporte.

Pouco depois da declaraçao do presidente, um conselheiro disse à reportagem, sob a condição de não ser identificado, que Tirone garantiu a ele que Frizzo está fora.

Com as contas aprovadas e sem Roberto Frizzo no futebol, Tirone teria menos pressão, restando apenas tirar o último diretor que ainda segue sendo "fritado" no clube, Rubens Reis, que é diretor de marketing.

A saída de Frizzo também acalmará o departamento de futebol. A desgastada relação entre o dirigente e Felipão já é mais do que evidente, especialmente pela troca de farpas públicas entre eles. Enquanto o treinador reclama das piadinhas, o cartola responde afirmando que o termo de "camarão" depreciava o restante dos atletas. Até mesmo o gerente de futebol disse, em entrevista no estúdio do UOL Esporte, que a relação entre eles não é de amor.

Nos últimos dias, porém, Frizzo tentou se reaproximar de Felipão. E, ao mesmo tempo, o treindor parou de atacá-lo. Ele não quer pagar a conta pela saída do dirigente.

A tendência é que Tirone acumule o cargo do futebol ao lado de César Sampaio. Comenta-se que o presidente pode, ainda, contratar outro gerente remunerado para ajudar o ex-volante no cargo. A reportagem tentou entrar em contato com Roberto Frizzo, mas não conseguiu contato. Segundo aliados de Frizzo, ele pode pedir uma licença, mas não agora. Só depois que a poeira baixar. Seria uma saída honrosa.