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Fifa decidirá em julho se adota sensores para detectar gol "fantasma"

Resultado dos primeiros testes das empresas será apresentado em março - Efe
Resultado dos primeiros testes das empresas será apresentado em março Imagem: Efe

Das Agências Internacionais, em Londres (ING)

01/02/2012 11h24

A Fifa tomará uma decisão definitiva sobre o possível uso de tecnologia para resolver as jogadas polêmicas que acontecem na linha de gol em uma reunião especial no dia 2 de julho, disse a entidade nesta quarta-feira.

A Fifa informou que a decisão será tomada em um encontro extraordinário do organismo encarregado das regras de futebol (IAFB), que ocorrerá no dia seguinte à final da Eurocopa 2012 em Kiev, na Ucrânia.

O IAFB vai analisar os testes dos sistemas que oito empresas apresentarão na Inglaterra no dia 3 de março. A segunda fase dos testes será realizada entre março e junho.

“Trata-se de uma decisão definitiva sobre o futuro da tecnologia de linha de gol e os juízes assistentes”, diz o comunicado da Fifa.

O presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, era contrário ao uso de tecnologia, mas mudou de opinião após a Copa do Mundo de 2010, quando um gol do inglês Frank Lampard contra a Alemanha foi anulado depois de a bola ter ultrapassado a linha por vários centímetros.

Em uma entrevista em dezembro, Blatter disse que a tecnologia era inevitável.

“Vamos usar. A Fifa não pode permitir que se repita o que aconteceu na África do Sul, quando a bola passou a linha 70 centímetros e [o gol] foi anulado”.

Apesar do apoio de Blatter à medida, o presidente da Uefa, Michel Platini, favorito para a sucedê-lo no comando da Fifa, mostra-se cético com o uso da tecnologia e defende a utilização de árbitros na linha de gol.

“O que me assusta é que, se começamos a utilizar a tecnologia para coisas que não têm muito sentido, acabaremos usando-a para as dúvidas sobre questões fora do jogo”, disse Platini recentemente.

“A Fifa decidirá na reunião, mas tenho o direito de estar em desacordo e não creio que seja uma boa ideia”, afirmou o francês.