Caio Jr varia esquemas, improvisa jogadores e deixa o Grêmio sem time definido

A trajetória de Caio Júnior no comando técnico do Grêmio durou 48 dias. Neste período, o treinador improvisou jogadores, variou esquemas e não conseguiu definir titulares. Um dos principais motivos para sua demissão, a falta de convicção na equipe ideal atrapalhou a caminhada que acabou tendo curta duração.

Logo no primeiro treinamento com bola, na pré-temporada, Caio Júnior escalou o Grêmio com três volantes: Rochemback, Léo Gago e Fernando. Curiosamente, dias antes ele citou o Barcelona como modelo de equipe. Mesmo que jogando completamente diferente.

A formação com três volantes durou somente um treinamento. Depois vieram dois volantes e dois meias abertos, posteriormente 3-5-2, 4-3-3 e nenhuma afirmação de equipe.

Além das trocas de posicionamento, jogadores improvisados foram quase rotina no Grêmio. Marco Antonio, por exemplo, começou como meia pela esquerda, trocou de lado para a direita, virou volante e acabou centralizado. Outro que variou foi Marquinhos, que esteve recuado e aberto pela direita no meio-campo.

Kleber e Douglas - que acabou negociado - também não se acharam na ideia tática que Caio Júnior tentava impor no time. Mário Fernandes foi usado como lateral e zagueiro, e Leandro, que é atacante, esteve como meia aberto pela direita e, depois, centralizado.

Com tantas trocas de posição, os jogadores não conseguiram compreender o que era necessário, os resultados não vieram e Caio caiu. A direção corre para anunciar Vanderlei Luxemburgo. Tal situação deve ser confirmada ainda nesta segunda-feira. Roger Machado comandará o time interinamento no Gre-Nal da próxima quarta.