Irritado, Belluzzo promete "esquecer" Palmeiras e diz: "Venda de Gabriel Silva traria Wesley"

A ajuda de Luiz Gonzaga Belluzzo para o Palmeiras conseguir viabilizar a contratação de Wesley causou uma grande turbulência política. O ex-presidente foi chamado de mentiroso pelo atual vice-presidente financeiro, Walter Munhoz, que disse ao Blog do Perrone que não há carta de crédito e que o negócio com o volante só sai caso a torcida consiga pagar os R$ 21 milhões em 28 dias em uma campanha na internet.

Por causa dos problemas gerados, o economista prometeu nunca mais ajudar a atual gestão e revelou que um adiantamento de verba da venda de Gabriel Silva viabilizaria a negociação. O lateral foi para Udinese por quase R$ 10 milhões, mas 40% do montante foi para a DIS. 

“Eu não queria que meu nome fosse envolvido nisso. Algum diretor do Palmeiras falou com jornalistas e eu só confirmei a história quando me ligaram. Inicialmente, apenas disse que eu ajudei a viabilizar a contratação, mas, agora, que dizem que eu não ajudei em nada, me sinto na obrigação de explicar como que fiz meus esforços pelo Palmeiras. Não sei como o Walter, que é diretor, pode não saber”, disse Belluzzo.

Sem revelar o nome do banco com quem negociou, o ex-presidente afirmou que viabilizou o adiantamento de um recebível que o clube tem com a venda de Gabriel Silva para o futebol europeu. Esse montante seria o suficiente para pagar a primeira parcela de 2 milhões de euros da chegada de Wesley.

A operação seria concluída nesta segunda-feira. Daí a confiança de Arnaldo Tirone de que a negociação com Wesley daria certo. Por isso, ele comunicou os agentes do atleta de que tudo estava acertado e até deu aval para o atleta treinar com os fardamentos do Palmeiras.
 

"Eu conversei com alguns palmeirenses e a gente pensou que esse dinheiro que estava a receber poderia chegar antes. O Palmeiras poderia usar o dinheiro para qualquer coisa, inclusive para pagar o Wesley, mas não necessariamente para isso. Poderia colocar onde quisesse. O problema é que tem gente lá dentro, de uma certa ala política, que fica tumultuando o negócio, não quer que saia e aí ficam inventando histórias", afirmou.

"Eu também não quero mais me envolver. Eu deveria saber desde o início que isso daria problema. Mas tudo bem. Já aprendi que no Palmeiras o melhor é ficar quieto e não falar nada", completou.

A novela que parecia ter fim na última semana, quando Tirone finalmente anunciou internamente que o Palmeiras teria capacidades de ter Wesley, volta a ter ares de drama. Ao Blog do Perrone, Walter Munhoz disse que a negociação ainda não está garantida, contradizendo dirigentes do futebol do clube paulista, que dão a negociação como confirmada e já falam até em inscrever o atleta no Campeonato Paulista.