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Em casa, Romerito pede quarto ao Fluminense para morar nas Laranjeiras

Cercado por fãs, paraguaio Romerito assiste ao jogo do Fluminense nas Laranjeiras - Ralff Santos / Fluminense FC
Cercado por fãs, paraguaio Romerito assiste ao jogo do Fluminense nas Laranjeiras Imagem: Ralff Santos / Fluminense FC

Caio Barbosa

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/03/2012 12h17

Maior ídolo da história de seu país, o paraguaio Romerito confessou que se sente feliz de verdade é no país vizinho. A rigor, num clube do Brasil: o Fluminense. Na noite da última quarta-feira, nas Laranjeiras, o ex-craque era a imagem da felicidade. Em meio a centenas de torcedores que foram ao clube assistir ao jogo contra o Zamora-VEN, pela Copa Libertadores, Don Romero estava em casa.

TORCIDA FAZ FESTA NAS LARANJEIRAS

  • Ralff Santos / Fluminense FFC

    A torcida do Fluminense comemorou a classificação tricolor para as oitavas de final da Copa Libertadores com uma grande festa nas Laranjeiras, regada à cerveja e música eletrônica. O evento inédito teve cara de 'balada' não apenas pelo horário - a partida contra o Zamora começou às 22h - mas também porque contou com muita gente bonita e clima de azaração, além da presença ilustre do paraguaio Romerito, um dos maiores ídolos da história do clube

Livre de seguranças e de assessores a adularem permanentemente, um emocionado Romerito se misturou à massa, entre uma cervejinha e outra, e incontáveis pedidos de fotos e autógrafos cedidos com extrema simpatia. O melhor ainda estava por vir. Nos telões que transmitiram a partida do Fluminense, golaços do craque com a camisa tricolor, pela seleção paraguaia na Copa de 86, e até num amistoso do Flu contra o Barcelona de Diego Maradona, em 1984, nos Estados Unidos.

“Eu nunca quis sair do Fluminense, do Brasil. Já falei várias vezes e repito: por mim, é só construir um quarto debaixo da arquibancada. Se fizerem isso, eu nunca mais vou embora”, disse o ídolo antes da partida, para delírio dos fãs.

No fim do jogo, Romerito ria que se esbaldava. Sem truques para aparecer bem em fotos ou câmeras, sem discursos prontos. Don Romero estava ali, como quem assistia ao jogo no sofá de casa, com os pés na mesinha de centro, uma cerveja gelada na mão e cercado de amigos.

“Mas eu estou entre amigos. Fiz dez milhões de amigos tricolores com gols, mas sobretudo com muito suor e dedicação. Eu sempre honrei esta camisa, por isso tenho todo este carinho há 30 anos.  É uma sensação diferente encontrar um torcedor do Fluminense. Ainda mais quando tem um montão. É uma sensação que eu nem sei explicar. Não sei se eles me amam, mas eu amo eles”, disse o ídolo, emocionado.

Romerito só discordou da torcida na hora de analisar o jogo. Se a massa mostrava uma certa apreensão com o ritmo do time em campo e com o placar mais uma vez apertado, Romero preferiu exaltar a postura da equipe. Palavras experientes de quem um dia calçou chuteiras.

“Libertadores é assim. O Fluminense jogou muito bem, sem pressa, com tranquilidade. Dominou o jogo todo e usou a estratégia certa para furar a retranca dos caras. Acho que o time foi perfeito. E ganhou, o que é mais importante”, analisou.