Andrés volta a cobrar Mano, quer estilo próprio de jogo e diz não conversar com seleções rivais

Um dos pilares de sustentação de Mano Menezes na seleção brasileira, o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, voltou a cobrar melhores resultados do treinador.

Responsável pela contratação de Mano no Corinthians em 2008 como presidente do clube, Sanchez voltou a falar que o time nacional precisa encerrar os testes e não quis dizer que tipo de resultado pode determinar uma queda do treinador. Mas reiterou que o time tem que ir bem nos Jogos Olímpicos de Londres.

“O contrato dele não diz o prazo que é, é ser treinador da seleção brasileira. Evito mexer em treinador, ele faz um trabalho com dificuldades. Ele tem que definir um grupo e jogadores taticamente do jeito que deseja. Ele teve um ano e meio, dois anos com experiência e testes, agora tem que definir mais seu grupo e apostar nisso, porque não tem tempo de treinamento, são praticamente os jogos só, e ele tem que definir isso”, falou.

“O peso que a CBF dá é o trabalho do dia a dia, mas no Brasil infelizmente resultado vale muito. O ouro às vezes se perde por detalhe, e o que vai ser levado em conta é o trabalho até a disputa do título”, continuou.

O diretor de seleções da entidade máxima do futebol brasileiro disse ao UOL Esporte que não tem conversado com pessoas de cargo semelhante em outras seleções para visitas e troca de ideias e afirmou o Brasil tem que ter sua própria característica de jogo.

“A Europa tem suas deficiências e virtudes, assim como o Brasil. Tem coisa na Europa que, se a gente copiar, nos matam aqui. O diretor da seleção da Espanha você não sabe bem quem é. Cada um tem suas dificuldades. Tem coisa boa para se copiar, coisa boa para se deixar de lado, mas temos que fazer nossa cultura, nossa maneira de pensar é diferente”, falou.

Sobre a possível volta de Kaká, ele deixou as portas abertas, assim como em relação a outros jogadores considerados “medalhões”.

“Kaká, Ronaldinho, Adriano, Robinho; todo mundo sabe que eles vão render na seleção brasileira. Se em competição importante eles estiverem bem, vão ser convocados. Mas agora é momento de pré-Olimpíada temos que ir mais jovens e temos que dar qualidade para o time jogar”, finalizou.