Marcação de pênalti provoca briga e até tiro em partida em Mato Grosso
Uma partida válida pela luta contra o rebaixamento do Campeonato Mato-grossense terminou com briga e tiro em campo na noite de quarta-feira. Em Barra do Garças, o time da casa enfrentava o Rondonópolis, e uma marcação da arbitragem foi o estopim para a confusão.
A equipe visitante vencia por 1 a 0 quando, aos 30 minutos do segundo tempo, o árbitro Jamil Rodrigues de Souza anotou pênalti para o Barra. Revoltados, atletas e comissão técnica do Rondonópolis partiram para cima do juiz.
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“Tem que ficar bem claro que era um jogo decisivo, que rebaixava ou a gente ou eles. Estava difícil, tínhamos um jogador a menos e o pênalti foi, no mínimo, duvidoso”, contou ao UOL Esporte Eduardo Henrique, técnico do Rondonópolis.
“A gente sabe que tem que ter controle, mas fomos para cima da arbitragem”, completou o treinador.
Diante do tumulto, a Polícia Militar de Barra do Garças entrou em campo para intervir. Foi aí que um soldado deu um disparo para o alto para dispersar a confusão.
“Os jogadores profissionais e juniores do time adversário tentaram agredir o juiz e, para impedir que isso acontecesse, foi necessário o disparo de advertência”, explicou o tenente-coronel Paulo Costa, da Polícia Militar de Barra do Garças.
“Em momento algum foi colocada em risco a vida de alguém. Foi um disparo controlado. Estamos preparados”, disse o policial.
Por outro lado, o técnico do Rondonópolis negou que atletas do time júnior, que haviam disputado uma partida preliminar no local, estivessem envolvidos e falou em exagero da polícia.
“Isso não aconteceu. Os jogadores estavam assistindo ao jogo na arquibancada e desceram ao campo para se proteger. Lá não tem divisão de torcidas e eles estavam junto com os torcedores do Garça”, afirmou Henrique.
“Não precisavam ter efetuado o disparo. Não posso ficar falando se está certo ou errado, quem têm competência são os policiais. Mas, como ninguém tinha agredido ninguém, foi desnecessário”, falou o treinador.
O duelo ficou paralisado por cerca de 15 minutos, tempo necessário para que o goleiro do Rondonópolis se restabelecesse após o susto tomado com o tiro.
“Ele estava muito perto, ficou tonto e precisou ser atendido. Mas voltou normalmente”, disse Eduardo Henrique.
O jogo foi reiniciado, e o pênalti para o Garça, convertido. Com o empate, o time da casa, vice-campeão mato-grossense em 2011, não se salvou do rebaixamento. Já o Rondonópolis afastou de vez o risco de queda.
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