Giovanni cogita voltar ao Santos e elege 'erro de 95' a maior injustiça dos 100 anos de clube
Apesar do pouco tempo que vestiu a camisa do Santos, Giovanni se tornou um dos maiores ídolos da torcida santista. O Messias, como é chamado pelos torcedores, marcou seu nome no clube na década de 90, mesmo sem conquistar títulos. Ele voltou ao clube em 2010 como um profeta. Em sua apresentação declarou que foi avisado por Deus que seria campeão. Como a Bíblia relata que Deus não mente, Giovanni conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil antes de encerrar a carreira no mesmo ano.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Giovanni afirma que sua história no Santos não acabou. O ex-camisa 10 revelou o desejo de voltar ao clube como auxiliar-técnico, porém, fez questão de dizer que as negociações para o seu retorno precisa ser uma iniciativa da diretoria santista.
“Tudo é possível. Vai depender de uma conversa. Como treinador não, mas como auxiliar eu aceitaria. Mas, isso tem que partir do clube. Eles fazem à proposta e eu estudo”, disse Giovanni.
O ídolo santista era o principal jogador do time de 1995, que perdeu o título para o Botafogo no Pacaembu. Giovanni ressaltou que o possível erro do árbitro Márcio Rezende de Freitas na partida foi a maior injustiça dos 100 anos de história do Santos.
"Com certeza, é a maior injustiça. Ali seria realmente o título que tiraria o Santos da fila. Foi muita injustiça. Futebol tem essas surpresas", disse o ex-camisa 10.
Confira a entrevista exclusiva com Giovanni:
UOL Esporte: É verdade que você antecipou quem fariam os gols naquela história virada contra o Fluminense pela semifinal do Brasileirão de 1995?
Giovanni: Foi depois da derrota no primeiro jogo. Estávamos indo para o estádio do Pacaembu no ônibus. Eu disse que ia fazer dois gols. E falei que o Marcelo Passos, o Camanducaia e o Macedo fariam os outros. Foi tudo o que aconteceu, ganhamos de 5 a 2 com esses gols.
UOL Esporte: Foi especial seu retorno ao Santos em 2010?
Giovanni: Foi um sonho o encerramento da minha carreira. Os títulos faltavam para mim no Santos. Eu queria encerrar com o título.
UOL Esporte: Assim como foi em 95, você atacou de profeta na sua apresentação em 2010. Como tinha certeza do título?
Giovanni: Eu falei na minha chegada que seria campeão. Tinha certeza, pois Deus falou que minha volta ao Santos seria especial.
UOL Esporte: Você tem noção do carinho do torcedor santista por você?
Giovanni: É gratificante. É muito mais que um título. O carinho do torcedor é muito bom, até hoje recebo mensagens no facebook. Eles sempre dizem que marquei uma geração do Santos. Realmente nosso time marcou uma época e a torcida do Santos me escolheu como o representante daquela geração.
UOL Esporte: O possível erro do árbitro Márcio Rezende de Freitas na final contra o Botafogo em 95 pode ser considerado a maior injustiça em 100 anos de clube?
Giovanni: Com certeza, é a maior injustiça. Ali seria realmente o título que tiraria o Santos da fila. Foi muita injustiça. Futebol tem essas surpresas.
UOL Esporte: Alguma frustração, decepção com o Santos?
Giovanni: Ficou faltando o jogo de despedida, já que o Dorival Junior vetou o jogo comemorativo. Agora já passou, já estou na minha cidade (Pará), cuidando das minhas coisas. Acho difícil (fazer o jogo).
UOL Esporte: Você ainda pode voltar ao Santos? Como técnico, por exemplo?
Giovanni: Tudo é possível. Vai depender de uma conversa. Como treinador não, mas como auxiliar eu aceitaria. Mas, isso tem que partir do clube. Eles fazem à proposta e eu estudo.
UOL Esporte: O que o Santos representa para você?
Giovanni: O Santos é especial sim. O Santos é uma paixão para mim, abriu as portas para eu jogar na Europa. Mas, eu joguei pouco no Santos, o Olimpiakos, da Grécia, também me marcou muito. Foram muitos anos lá, onde fui ídolo.
UOL Esporte: O que dizer sobre o Neymar?
Giovanni: Neymar vai ser o segundo jogador da história do Santos, na verdade, ele já é o segundo melhor da história, ficando atrás, claro, apenas do Pelé. Acho que Brasil, hoje, será difícil alguém superá-lo.
UOL Esporte: Você jogou no Santos e no Barcelona. Como você analisou a goleada dos espanhóis na final do Mundial de Clubes de 2011.
Giovanni: Eu não vi o jogo ao vivo, tinha compromisso. Mas vi os melhores momentos. Acho que o Santos sentiu o clima, o frio do Japão. Sentiu o toque de bola europeu, que é diferente. Os times brasileiros não estão acostumados.
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