Danilinho evita avaliar punição a Roger, mas 'desculpa' o adversário por cotovelada

Apesar de optar em não avaliar a punição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) ao armador Roger, que o suspendeu por quatro partidas, o meia-atacante Danilinho, do Atlético-MG, ‘desculpou’ o adversário. O jogador atleticano, que levou uma cotovelada pelas costas, no empate com o Cruzeiro, em 2 a 2, em 8 de abril,  considerou o ato como consequência de “cabeça quente”.

“Está tranquilo, faz parte do jogo, foi uma jogada desleal, mas com certeza pelo caráter que tem o Roger, ele fez isso de cabeça quente”, afirmou Danilinho, em entrevista coletiva, na Cidade do Galo, nesta quinta-feira, menos de 24 horas depois que o jogador cruzeirense foi condenado, à revelia, pelo TJD-MG. “Da minha parte está tranquilo”, repetiu.

Danilinho não comentou sobre a pena imposta a Roger, que foi a mínima. “Não sou eu quem vou julgar o Roger, existem pessoas com capacidade na Federação, eu vou estar em campo jogando, ajudando, então não tenho nada para comentar sobre o Roger”, afirmou.

Em disputa de bola no clássico entre Atlético e Cruzeiro, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro, Roger deu uma cotovelada em Danilinho. O jogador levou apenas cartão amarelo no lance. Em julgamento, na noite de terça-feira, o TJD-MG alegou jogada violenta do armador celeste e o puniu com quatro jogos de suspensão.

Roger foi julgado sem defesa, já que o advogado do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, não compareceu ao Tribunal sob a alegação de problemas pessoais e pediu adiamento. A solicitação foi negada. Nesta quinta-feira, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, informou ao UOL Esporte, que o clube celeste pedirá a anulação da decisão do TJD-MG.

Além da anulação do julgamento, o recurso do Cruzeiro, que dará entrada no pedido nesta sexta-feira, inclui também o efeito suspensivo para que Roger possa enfrentar o América-MG, no próximo domingo, às 18h30, na primeira partida das semifinais do Campeonato Mineiro. Segundo o mandatário cruzeirense, que é advogado e já atuou na área desportiva, a decisão do TJD-MG fere a Constituição Federal, já que o jogador cruzeirense foi julgado sem ter direito à defesa.