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Souza diz que Corinthians não pagou caro por 'qualquer um' e seria titular em qualquer time

Souza comemora gol da vitória do Bahia contra o Atlético-GO no Brasileiro-2012 - ANDRÉ COSTA/COSTAPRESS/AE
Souza comemora gol da vitória do Bahia contra o Atlético-GO no Brasileiro-2012 Imagem: ANDRÉ COSTA/COSTAPRESS/AE

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

29/04/2012 06h00

O atacante Souza, ex-Corinthians, Vasco e Flamengo, e atualmente no Bahia, é um dos maiores artilheiros da temporada no futebol brasileiro, com 19 gols, mais até do que nomes como Neymar, Luis Fabiano e Fred.

Ele volta a reencontrar o bom futebol depois de uma passagem sem grande sucesso no Corinthians, entre 2009 e 2010. Mesmo sendo reserva a maior parte do tempo, o centroavante esteve presente nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2009.

Antes, ele chegou com pompa do futebol  europeu após ser cobiçado por outros grandes clubes na época, inclusive o Santos,  quando estava no Panathinaikos, da Grécia. O time do Parque São Jorge buscava um atleta para possivelmente revezar no posto de principal homem do ataque com Ronaldo, que acabava de assinar contrato depois de longo tempo inativo e despertava incertezas sobre sua condição física.

Assim, o clube entrou em um leilão e teve que desembolsar R$ 7 milhões para contar com Souza no elenco. Esse foi um dos principais fatores que despertaram críticas da torcida alvinegra, pelo alto valor para um jogador que pouco atuou. Mas ele não se importa.

“Se pagou caro é porque não sou qualquer um. Ganhei títulos no Flamengo, ganhei títulos em quase todos os outros clubes.Nós, jogadores, não temos culpa disso [dos valores], pagam o que a gente vale. Todos os jornais falaram que eu era boa contratação, tive várias propostas na época”, falou ao UOL Esporte.

Mas o jogador, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2006, pelo Goiás, diz não ter mágoa nenhuma da torcida ou dos dirigentes do clube do Parque São Jorge. E lembra que um dos motivos de não ter rendido como em outros clubes foi a difícil missão de ter Ronaldo como concorrente em sua posição.

“É complicado ser reserva imediato de um cara como o Ronaldo, que ganhou tudo. Uma vez eu jogava, ia bem e não fazia o que ele fazia, aí acabava complicando. Se eu tivesse em qualquer clube do Brasil seria titular. Fiz vários jogos bons com a camisa do Corinthians, faltou um pouco de sequência.  Mas não tenho mágoa da torcida, de diretoria, nada, nos damos bem.  As coisas acontecem na hora certa, há males que vem para o bem”, falou.

“Agora é aproveitar a boa fase no time baiano, comandado por Falcão, que tem um esquema ofensivo e que favorece ao centroavante. “O esquema dele [Falcão] é sempre pra frente, a bola chega bastante, isso tem ajudado bastante, fiz muitos gols com o Jobson, tenho mantido a boa fase”, falou.

“O pensamento agora é mais no Baiano, estamos há dez anos esse título, não podemos ficar tanto tempo. Isso tudo para o Bahia é complicado. A torcida é exigente, como as de Corinthians e Flamengo, finalizou.