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Com saída de Mancini, Cruzeiro chega à 4ª mudança de treinador em menos de um ano

Contratado no final de setembro, Vágner Mancini deixou o clube após eliminação na Copa do Brasil  - Washington Alves/VIPCOMM
Contratado no final de setembro, Vágner Mancini deixou o clube após eliminação na Copa do Brasil Imagem: Washington Alves/VIPCOMM

Do UOL, em Belo Horizonte

10/05/2012 12h00

Com a saída de Vagner Mancini, que entregou o cargo depois da eliminação na Copa do Brasil, o Cruzeiro chegou à quarta troca de treinador em menos de um ano. Anteriormente, estiveram à frente da equipe celeste Cuca, Joel Santana e Emerson Ávila.

Vagner Mancini chegou ao clube no final de setembro com a missão de salvar a equipe celeste do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Porém, somente na última rodada da competição, com a goelada por 6 a 1 sobre o rival Atlético-MG, o Cruzeiro conseguiu se livrar da queda para a Série B.

Mantido para a temporada 2012, o treinador não resistiu à dupla eliminação – nas semifinais do Campeonato Mineiro e nas oitavas de final da Copa do Brasil – e anunciou sua saída após a derrota para o Atlético-PR por 2 a 1, nessa quarta-feira, na Arena do Jacaré. Vágner Mancini comandou a equipe celeste em 30 partidas, venceu 14 jogos, foi derrotado nove vezes e empatou em outras sete oportunidades.

A série de demissões foi iniciada com a saída de Cuca, contratado no começo junho de 2010 e que levou o time ao vice-campeonato nacional daquele ano. Porém, depois da eliminação na Copa Libertadores para o Once Caldas e o fraco início de campanha no Brasileirão, em 2011, o treinador anunciou seu desligamento.

Para seu lugar chegou Joel Santana, que dirigiu o time celeste em 15 partidas do Campeonato Brasileiro, obtendo oito vitórias e sofrendo sete derrotas. Porém, depois de o time perder por 4 a 2 pelo Figueirense no começo de setembro, acabou demitido pela diretoria celeste. 

Técnico da seleção brasileira sub-17 e coordenador técnico do time profissional do clube mineiro desde 2008, Emerson Ávila assumiu o time no mesmo dia da saída de Joel Santana, mas não completou um mês no cargo e deixou o comando da equipe sem uma vitória sequer – foram quatro derrotas e dois empates.

O atual presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, que era vice na gestão de Zezé Perrella, disse que não participou das mudanças anteriores de treinadores. O dirigente passou a atuar no futebol do clube em outubro do ano passado, já com Vágner Mancini à frente da equipe.

“Posso dizer do momento que passei a assumir a posição de manter ou não o treinador. Anteriormente, não conheci o Cuca, não conheci o Joel Santana, porque assumi a direção quando o ex-presidente (Zezé Perrella) estava sem tempo, e vendo a situação da equipe, perigando a cair para a segunda divisão. Então, o único treinador que tive mais contato foi o Vagner Mancini”, observou Gilvan Tavares.

Antes da “dança de técnicos”, o Cruzeiro viveu uma fase estabilizada no clube com o técnico Adílson Batista. O treinador chegou à Toca no início da temporada 2008 e ficou até junho de 2010. Sob seu comando, a equipe foi duas vezes campeã estadual e foi à final da Libertadores de 2009, perdendo a decisão para o Estudiantes-ARG.