Após recusa do Ceará, taça de campeão cearense será leiloada por instituição de caridade
A taça de campeão cearense conquistada pelo Ceará no dia 13 de maio, após empate com o Fortaleza em 1 a 1, no Presidente Vargas, não terá como destino a sala de troféus do clube alvinegro. Por conta de uma briga política com a Federação Cearense de Futebol de Futebol (FCF), a peça poderá ser adquirida por um torcedor comum.
Fernando Hernrique recebe a taça confeccionada pelo clube das mãos do secretário Gony Arruda
Revoltada com as atitudes da FCF na atual temporada, o Ceará acabou rompendo com a entidade e se recusou a receber o troféu. Assim, a peça acabou sendo doada para a Associação Madre Paulina e será leiloada no dia 2 de junho. Por coincidência, será na mesma data que o alvinegro completa 98 anos de sua fundação.
O dinheiro arrecadado no leilão servirá para a instituição arrecadar recursos para a manutenção de seus projetos sociais. A principal ação é afastar crianças e adolescentes das ruas e dos vícios. O leilão irá acontecer a partir das 10h no Montenegro Leilões, localizada na Rua Ademar Paula, 1000, em Fortaleza.
Como não tinha interesse em receber o troféu que seria entregue pela Federação Cearense de Futebol, o Ceará optou por contratar um artista plástico para confeccionar uma nova peça. A taça foi entregue pelo secretário de esportes do estado, Gony Arruda, antes da partida diante do América-MG, sexta-feira, pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
A atitude da diretoria do Ceará ocorreu porque segundo seus dirigentes, a Federação estaria atendendo aos interesses do Fortaleza desde o início do ano. O episódio que acabou culminando com o rompimento com a FCF ocorreu às vésperas da segunda partida decisiva do Campeonato Estadual.
Na primeira partida da final, quando tinha o mando de campo, o Fortaleza abriu mão de seu direito e não liberou parte dos ingressos a que tinha direito para seus sócios torcedores.
Prestes a disputar o segundo jogo, o clube tricolor conseguiu que seus sócios torcedores também comparecessem a partida, através de um portaria da Federação Cearense de Futebol. Na oportunidade, o Ceará detinha o campo de campo e tinha esse direito.
“Nós decidimos romper com a Federação por uma série de razões. A gota d’ água aconteceu próximo da final quando liberaram os sócios torcedores do Fortaleza de comparecer ao jogo. Além disso, em diversas oportunidades o direito do Ceará acabou sendo afetado e nos trouxe prejuízo. Entendíamos que o troféu foi feito para o Fortaleza. Por isso, recusamos o troféu”, disse o vice-presidente do Ceará, Robinson Castro, em entrevista ao UOL Esporte.
O dirigente entende que a Federação sempre demonstrou vontade em atender somente aos interesses do Fortaleza e, por isso, o Ceará acabou sendo prejudicado nas tomadas de decisões.
“Hoje em dia nós não temos um representante na Federação e nos comunicamos apenas através de ofícios. Para nós está claro que os dirigentes são ligados ao Fortaleza. O presidente (Mauro Carmélio), inclusive, conselheiro deste clube e comparece as reuniões”, revelou.
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