Gilberto diz que foi injustiçado pelo Cruzeiro, que 'escolheu errado' os líderes do seu elenco
Principal reforço do América-MG para a Série B do Campeonato Brasileiro, o experiente meia Gilberto garante não ter mágoa do Cruzeiro, mas admite se sentir injustiçado pela forma como deixou o clube celeste, ano passado, durante o Campeonato Brasileiro. Segundo ele, dirigentes da equipe apostaram nos jogadores errados para liderarem o grupo, que livrou-se do rebaixamento à Série B somente na última rodada da competição, com a goleada sobre o rival Atlético-MG, por 6 a 1.
Gilberto garantiu que foi o Cruzeiro que rescindiu o contrato e disse que por ele teria ficado na Toca
“Por tudo que aconteceu acredito que sim (foi injustiçado), por tudo que fiz pelo clube, achava que o caminho que o clube estava tomando era errado, as pessoas não entendiam assim, mas era empregado do clube, não era o presidente. O Cruzeiro acabou escolhendo alguns jogadores para serem líderes do grupo e escolheu errado”, afirmou Gilberto, em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia.
Sem citar nomes dos líderes escolhidos pelos dirigentes, Gilberto fez questão de observar que tem condições de fazer essa afirmação. “Posso dizer isso, porque tenho bagagem para dizer isso, joguei no Flamengo, Vasco, Grêmio, fui para Alemanha, Inglaterra”, salientou.
Gilberto contou que na seleção brasileira ele viu que jogadores que tinham “moral” para argumentar, como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, “não falavam nada”. “Eles queriam só jogar e representar bem o país”, afirmou o veterano atleta. “No Cruzeiro, de uma hora para outra, tinha jogadores que falavam mais do que jogavam e eu achava que aquilo ali não era o correto”, acrescentou.
Sempre sem citar nomes, Gilberto observou que no Cruzeiro que o “mesmo jogador quase todo dia dava entrevistas e falava as mesmas coisas”. “Futebol é decidido dentro das quatro linhas, não adianta falar bonito e dentro de campo não correr, não ajudar, jogar para a torcida tem monte de jogador que faz isso, mas saber representar o clube, demonstrar força e garra, ter talento é totalmente diferente”, destacou.
Gilberto aproveitou o programa na Rádio Itatiaia para dar sua versão sobre a saída do Cruzeiro. Ele negou que a iniciativa tenha sido dele. “A realidade é que o Cruzeiro me apresentou a rescisão de contrato, alegando que minhas declarações estavam sendo pesadas e atrapalhando o grupo, e alegando que meu ambiente no grupo não era bom”, revelou.
“O Cruzeiro me apresentou a rescisão e na hora quando sentei com Dimas (Fonseca, então diretor de futebol), Benecy (Queiroz, supervisor de futebol) e Valdir Barbosa (gerente de futebol) aceitei, porque achei que era o momento e até então nunca tinha acontecido nada parecido na minha carreira e olha que eu só joguei em clube grande, em bons grupos”, disse.
Gilberto garantiu que não desejava deixar o Cruzeiro e que pretendia cumprir o contrato até o final de 2012, aposentando-se em seguida. O veterano jogador revelou que ainda recebe pela rescisão contratual com o clube celeste e reclamou que algumas parcelas não são pagas no dia determinado. “Não é que esteja atrasado, porque o Cruzeiro está pagando, mas às vezes não o faz nada data prevista”, observou.
Namoro em BH
Gilberto confirmou que tem um relacionamento em Belo Horizonte, cujo nome não informou. “Eu sou um cara feliz com a vida que tenho e conheci uma pessoa especial, pessoa maravilhosa, já a conheço há praticamente um ano e a gente vem se adaptando ao relacionamento”, salientou.
O jogador admitiu que esse seu relacionamento pesou para aceitar o convite do América e o fato de gostar de Belo Horizonte. Ele lembrou que o período em que ficou sem clube, neste ano, vivia entre o Rio, de segunda a quinta-feira, e a capital mineira, a partir deste dia e até domingo.
“Tenho um relacionamento maravilhoso, eu que fui casado há 13 anos, tenho duas filhas, estou separado há quatro, conheci pessoa bem bacana e que tem me ajudado bastante”, comentou Gilberto, no programa Bastidores da Rádio Itatiaia, acrescentando que o gosto por desafios também foi determinante. “É o ano do centenário do América, há a possibilidade de volta à Primeira Divisão e desses desafios eu gosto”, ressaltou.
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