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De férias no Brasil, atacante Diego Tardelli cultiva lado celebridade e 'tieta' amigos artistas

Tardelli agradece Zé Roberto por adaptação ao Al-Gharafa, campeão da Copa do Emir - REUTERS/Fadi Al-Assaad
Tardelli agradece Zé Roberto por adaptação ao Al-Gharafa, campeão da Copa do Emir Imagem: REUTERS/Fadi Al-Assaad

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

04/06/2012 06h00

Classificação e Jogos

Atacante do Al-Gharafa, clube do Qatar que defende desde o início do ano, Diego Tardelli não abre mão de seu lado celebridade, cultivado não apenas por suas atuações e gols dentro de campo, em clubes como São Paulo, Flamengo e Atlético-MG, mas também pelo contato permanente com personalidades do mundo artístico. Mesmo quando está longe do território brasileiro, o artilheiro utiliza as redes sociais para conversar com seus fãs e com seus amigos famosos.

  • Reprodução/Twitter Tardelli

    Tardelli: “Gosto muito do Belo, sou fã dele. Sempre que posso vou aos shows, quando é possível"

Fã assumido do cantor Belo, Diego Tardelli está sempre presente, em suas temporadas no Brasil, em shows do cantor, como aconteceu recentemente em Belo Horizonte, primeira parada no país de suas férias do Al-Gharafa. “Gosto muito do Belo, sou fã dele. Sempre que posso vou aos shows, quando é possível. Gosto muito de música, ela está presente nas concentrações, antes dos jogos”, afirmou Diego Tardelli, em entrevista ao UOL Esporte.

Outro cantor famoso que está sempre em contato com o ex-atacante atleticano, clube do qual se tornou torcedor, é o mineiro Alexandre Pires. Amigos próximos, o atacante mantém contato com o ídolo. “Somos próximos, conversamos, vou sempre aos shows dele, compro CDs, é um dos grandes ídolos que tenho”, comentou o jogador.

De férias no Brasil, no mês de maio e junho, Diego Tardelli aproveitou o período de folga para comparecer a shows, como do cantor Belo, no Chevrollet Hall, na Zona Sul da capital mineira, e conheceu um novo famoso, o cantor Fabiano, da dupla sertaneja César Menoti e Fabiano. Depois de Belo Horizonte, ele viajou para Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco. Rio e São Paulo também estão no roteiro.

“O futebol me proporcionou oportunidade de conhecer muitos paises, muitos times e muitas pessoas famosas, tanto no esporte, como jogar ao lado do Roberto Carlos, Eto’o, como na música, é muito legal isso”, observou o atacante, que jogou no Anzhi, da Rússia, por seis meses.

  • Reprodução/Twitter Tardelli

    Em suas férias em Belo Horizonte, Diego Tardelli conheceu Fabiano, da dupla com César Menottil

A passagem de Tardelli no clube russo não foi positiva. Ele pouco jogou e acabou no ostracismo no Anzhi, time do brasileiro Roberto Carlos e do camaronês Eto’o. Por isso, o atacante manifestou publicamente seu desejo de voltar ao Atlético-MG e esteve perto disso.

O Palmeiras também interessou em repatriá-lo, mas Diego Tardelli se transferiu para o Al-Gharafa, do Qatar, para atuar ao lado do experiente Zé Roberto, ex-Santos e Bayern de Munique, que foi contratado pelo Grêmio, e viu retomar seu futebol.

Segundo Diego Tardelli, a adaptação ao país de cultura tão diferente em relação ao Brasil não foi complicada. “Você tem uma vida boa, mora em lugares bons. O estrangeiro tem facilidades, não tive dificuldades, mas o Zé Roberto me ajudou bastante”, contou o jogador.

Ele reconhece que algumas situações são bem diferentes do que está acostumado. “Não pode ficar pelado no vestiário, é uma cultura deles, você tem de ficar de sunga, calção. Não pode cruzar as pernas ao assentar, é considerado falta de educação, essas coisas você vai aprendendo aos poucos”, disse Tardelli.

Em campo, o jogador conquistou a condição de titular e mostrou ‘faro’ de gol. O Al-Gharafa, comandado pelo técnico Silas, ex-craque do São Paulo e seleção brasileira, foi campeão da Copa do Imperador. “Em cinco meses lá já fui campeão de uma competição importante, que eles prezam muito, fiz gols importantes, jogamos bem juntamente com o Zé Roberto, então estou bem, feliz por lá”, disse Tardelli.

Problemas extra-campo

Antes de ser revelado pelo São Paulo, em 2003, Diego Tardelli teve passagem pela base do Santos, na mesmo época dos meninos da Villa, Diego e Robinho, mas foi dispensado por ‘assaltar’, juntamente com o meia do Atlético de Madrid, o refeitório do CT para roubar Todinho.

No São Paulo, Tardelli teve poucas oportunidades de atuar pelo time principal, sem conseguir se firmar, foi emprestado para o Betis, da Espanha e PSV, da Holanda. O atacante reconhece que alguns problemas extra-campo atrapalharam sua sequência no time paulista.

  • Bernardo Lacerda/UOL Esporte

    Diego Tardelli diz estar bem no Al-Gharafa, do Qatar, mas não deixa de acompanhar as coisas do Atlético-MG e projeta retorno ao clube do qual diz ser torcedor daqui a três ou quatro anos

“Tive problemas sim, todo mundo é muito novo, a gente faz algumas escolhas erradas, e isso me complicou sim. Me deslumbrei e ser emprestado para fora foi bom, uma vida muito diferente”, reconheceu Diego Tardelli, que agradece a ajuda do atual treinador do São Paulo, Emerson Leão. “Foi quem me ajudou, confiou em mim, me deu apoio, devo muito a ele, é uma grande pessoa”, completou.

Na volta ao Brasil, o jogador teve passagem pelo Flamengo, onde atuou até começo de 2010 e se transferiu para o Atlético, clube que teve maior reconhecimento com a torcida e viveu seu melhor momento. Foram dois anos no time atleticano, com a conquista do título mineiro, tornando-se ídolo do torcedor.

“Fui muito feliz no Atlético, a torcida me recebeu muito bem, tenho satisfação grande pelo clube, pelo carinho que sempre recebi”, afirmou Tardelli, que se tornou sócio-torcedor do clube, na semana passada e se declara torcedor assumido. “Torço pelo Atlético, assisto aos jogos, quando estou em BH vou ao campo, gosto do clube, da torcida e espero retornar para o Atlético daqui uns três, quatro anos, para ter mais felicidades”, disse.