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Ministro do Esporte pede para ir à reunião das "Diretas Já" no Palmeiras

Aldo Rebelo esteve no evento de oficialização da Brahma como parceira dos paulistas Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

05/06/2012 16h48

O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, mantém o interesse na mudança no Estatuto do Palmeiras. O diretor jurídico do clube, Piraci de Oliveira, afirmou que o político fez uma ligação na tarde desta terça-feira para dar sugestões e para pedir para ir à próxima reunião que discute a reestruturação do regimento interno do Palestra Itália. Ele quer expor o que acha ideal. 

Rebelo, aliás, já fez cobranças públicas aos diretores do clube para a descentralização do poder. Em evento que oficializou a Brahma como nova cerveja dos grandes paulistas, por exemplo, ele fez cobranças frente a frente com o presidente da equipe, Arnaldo Tirone. "Não tenho nada contra a sua pessoa, mas o poder precisa ser democratizado", disse ele na ocasião. 

O primeiro encontro aconteceu na última segunda-feira, na Academia de Futebol, sem a presença de Rebelo, mas com a presença de diferentes grupos políticos. A reunião serviu para a discussão de premissas e sugestões de todos os lados. Tudo será colocado em uma ata e disponibilizado para a discussão de toda a coletividade palmeirense interessada no assunto.

“Foi um sucesso, com a presença de vários grupos, com poucas exceções. A gente discutiu algumas premissas, conversamos sobre alguns diferentes assuntos e já temos ideias na cabeça, mas nada está fechado. Tudo vai para uma ata e passará ao debate. Para se ter uma ideia do sucesso, até o Ministro do Esporte me ligou e conversamos sobre todas as mudanças”, disse Piraci ao UOL Esporte.

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Entre as mudanças mais discutidas estão a restrição para o número de vitalícios entre 60 e 100, a proposta de tempo de mandato com dois ou quatro anos e com a possibilidade de reeleição ou não e ainda com o filtro para os candidatos.  Essa ressalva, aliás, é o maior alvo de críticas.


Piraci e parte do Conselho defende que os candidatos devem ser eleitos pelos conselheiros. As eleições diretas seriam a espécie de segundo turno, com os associados votando nos indicados pelos que hoje já têm o poder. A crítica diz respeito ao fato de que esse formato mantém as mesmas pessoas de sempre no poder, sem a oxigenação de ideias e renovação dos nomes.

"Essa é uma ideia minha, mas não só minha. O Conselho indica os nomes e os associados escolhem. Também vamos rever o meio para que as pessoas virem conselheiros, mas isso ainda não está decidido", completou.

Os opositores fazem parte dos grupos UVB (União Verde e Branca) e Fanfulla. Segundo eles, é necessário que a proposta feita desde o ano passado e assinada por 81 conselheiros precisa ser votada no Conselho antes de qualquer discussão. Eles chamam Piraci de oportunista e dizem que ele quer se lançar como “o salvador da pátria”.

"As pessoas quando querem me atacar, dizem que sou filhote do Mustafá, que fiz a lista negra e que sou contra a Arena. Não nego que sou amigo e tive ligações com o Mustafá, mas isso não é eterno, foi de momento. Hoje, o ex-presidente é oposição ao meu grupo", afirmou o diretor jurídico atual, que também já ocupou esse cargo em parte da "Era Contursi".

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