Ministro do Esporte pede para ir à reunião das "Diretas Já" no Palmeiras
O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, mantém o interesse na mudança no Estatuto do Palmeiras. O diretor jurídico do clube, Piraci de Oliveira, afirmou que o político fez uma ligação na tarde desta terça-feira para dar sugestões e para pedir para ir à próxima reunião que discute a reestruturação do regimento interno do Palestra Itália. Ele quer expor o que acha ideal.
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O grupo que prefere se manter no anonimato, sem nenhum "líder", segue agindo em busca da aprovação da proposta que já está na gaveta do presidente do CD, José Ângelo Vergamini. Com o simples nome de "Movimenta pelas Diretas Já", os palmeirenses já usaram até o lutador Chael Sonnen como garoto propaganda. Na última segunda, eles fizeram questão de mostrar a rejeição por parte de boa parta da torcida em relação às ideias do que chamam de "aproveitador" Piraci de Oliveira.
Rebelo, aliás, já fez cobranças públicas aos diretores do clube para a descentralização do poder. Em evento que oficializou a Brahma como nova cerveja dos grandes paulistas, por exemplo, ele fez cobranças frente a frente com o presidente da equipe, Arnaldo Tirone. "Não tenho nada contra a sua pessoa, mas o poder precisa ser democratizado", disse ele na ocasião.
O primeiro encontro aconteceu na última segunda-feira, na Academia de Futebol, sem a presença de Rebelo, mas com a presença de diferentes grupos políticos. A reunião serviu para a discussão de premissas e sugestões de todos os lados. Tudo será colocado em uma ata e disponibilizado para a discussão de toda a coletividade palmeirense interessada no assunto.
“Foi um sucesso, com a presença de vários grupos, com poucas exceções. A gente discutiu algumas premissas, conversamos sobre alguns diferentes assuntos e já temos ideias na cabeça, mas nada está fechado. Tudo vai para uma ata e passará ao debate. Para se ter uma ideia do sucesso, até o Ministro do Esporte me ligou e conversamos sobre todas as mudanças”, disse Piraci ao UOL Esporte.
Entre as mudanças mais discutidas estão a restrição para o número de vitalícios entre 60 e 100, a proposta de tempo de mandato com dois ou quatro anos e com a possibilidade de reeleição ou não e ainda com o filtro para os candidatos. Essa ressalva, aliás, é o maior alvo de críticas.
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Piraci e parte do Conselho defende que os candidatos devem ser eleitos pelos conselheiros. As eleições diretas seriam a espécie de segundo turno, com os associados votando nos indicados pelos que hoje já têm o poder. A crítica diz respeito ao fato de que esse formato mantém as mesmas pessoas de sempre no poder, sem a oxigenação de ideias e renovação dos nomes.
"Essa é uma ideia minha, mas não só minha. O Conselho indica os nomes e os associados escolhem. Também vamos rever o meio para que as pessoas virem conselheiros, mas isso ainda não está decidido", completou.
Os opositores fazem parte dos grupos UVB (União Verde e Branca) e Fanfulla. Segundo eles, é necessário que a proposta feita desde o ano passado e assinada por 81 conselheiros precisa ser votada no Conselho antes de qualquer discussão. Eles chamam Piraci de oportunista e dizem que ele quer se lançar como “o salvador da pátria”.
"As pessoas quando querem me atacar, dizem que sou filhote do Mustafá, que fiz a lista negra e que sou contra a Arena. Não nego que sou amigo e tive ligações com o Mustafá, mas isso não é eterno, foi de momento. Hoje, o ex-presidente é oposição ao meu grupo", afirmou o diretor jurídico atual, que também já ocupou esse cargo em parte da "Era Contursi".
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