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Marcelo rejeita rótulo de nervosinho e atribui expulsões à raça: "Deixo a pele em campo"

Marcelo é um dos principais jogadores do Real Madrid e foi campeão espanhol em 2012 - Alvaro Barrientos/AP Photo
Marcelo é um dos principais jogadores do Real Madrid e foi campeão espanhol em 2012 Imagem: Alvaro Barrientos/AP Photo

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

01/07/2012 06h00

Titular do Real Madrid e cotado para conquistar uma vaga na seleção olímpica de Mano Menezes, Marcelo é uma das maiores nomes do futebol brasileiro na atualidade. No entanto, enfrenta o rótulo de nervoso pelo comportamento em campo e as expulsões que acumula na carreira.

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O último cartão vermelho foi na derrota para a Argentina por 4 a 3, em Nova Jersey. No fim do jogo, o brasileiro sofreu uma falta e acabou dando um soco no argentino Lavezzi, que revidou com um chute.

Marcelo diz que é uma pessoa tranquila e que sua fama é consequência de seu 'estilo raçudo' em campo. “Eu vejo assim. Muita gente pode falar que sou nervoso, só quem sabe se a pessoa nervosa é quem está lá dentro. A cabeça fica quente. Estou defendendo uma nação, a gente está perdendo, aí uma jogada não sai, é coisa de futebol. Com quantos jogadores acontecem isso?”, disse.

O jogador também coleciona expulsões pelo Real Madrid. Na final da Supercopa da Espanha contra o Barcelona, recebeu o vermelho direto após uma entrada dura em Cesc Fábregas. Ele já havia dado um ‘coice’ no argentino Lionel Messi durante o segundo tempo, mas o lance foi ignorado pelo árbitro.

Na estreia dos merengues na Liga dos Campeões, também não passou despercebido. O brasileiro acabou sendo expulso no segundo tempo por simular pênalti na vitória por 1 a 0 sobre o Dinamo Zagreb.  Na temporada 2008/09 foi expulso uma vez contra o Sporting Gijon.

Marcelo não teme ficar marcado como violento, assim como o volante Felipe Melo, do Galatasaray. “Deixo minha pele no campo pela seleção brasileira. O torcedor entende a vontade que a gente tem de estar na seleção brasileira, a vontade de ganhar e dar alegria. Meu principal objetivo é dar alegria à seleção brasileira”, disse.

Marcelo também falou sobre a polêmica com Mano Menezes quando enviou um e-mail por engano a um membro da comissão técnica e causou mal-estar com o treinador. O jogador disse que pôde conviver melhor com o comandante na última excursão pela Europa e pelos Estados Unidos e que a relação é respeitosa. Ele chegou até a abraçá-lo durante a comemoração do gol na vitória por 2 a 1 sobre o México.

“O gol que fiz não foi para mostrar nada para ninguém. Deu vontade de dar o abraço e dei. Falaram muitas coisas, a imprensa tenta forçar coisas ruins. Conversei com ele, ele entendeu. Eu o respeito, ele me respeita, com respeito as coisas ficam mais fáceis. Tivemos problemas como qualquer treinador e jogador têm”, disse.

Marcelo esteve em São Paulo no início da semana para a inauguração do convênio entre a "Fundação Real Madrid", o banco Santander e a escola Misiones Salesianas. O clube irá dar um apoio de 30 mil euros por ano para ajudar o desenvolvimento de jovens entre 8 e 16 anos da zona leste de São Paulo.