Ghiggia dirigia sem cinto de segurança quando sofreu acidente
O ex-jogador Alcides Ghiggia, carrasco do Brasil ao marcar o gol do título uruguaio na Copa do Mundo de 1950, não usava cinto de segurança quando sofreu o acidente automobilístico que quase lhe custou a vida em junho, segundo informação da perícia divulgada na segunda-feira no Uruguai.
Em declarações à televisão, o diretor do Instituto de Segurança e Educação Rodoviária do Uruguai, Arturo Borges, especialista em trânsito que investigou o acidente, disse que os dados são conclusivos e demonstram que Ghiggia foi imprudente e agravou os danos sofridos no acidente.
“Com todo respeito pela Justiça, nós fizemos um informe que demonstra que há lesões que poderiam ser evitadas. Utilizando o cinto de segurança poderia haver alguma inflexão cervical, alguma marca no tórax, mas não as lesões que mostram os boletins médicos”, explicou Borges.
Segundo o especialista, estes resultados serão utilizados pela defesa do caminhoneiro envolvido no acidente para rebaixar o delito do qual é acusado.
No dia 13 de junho, Alcides Edgardo Ghiggia chocou seu veículo com a parte traseira de um caminhão que cruzava a via irregularmente. Ghiggia, de 85 anos, continua internado na UTI de um hospital em Montevidéu e chegou a estar em coma induzido, mas está se recuperando pouco a pouco do acidente.
No carro viajavam também a esposa de Ghiggia, que sofreu algumas lesões, e uma irmã do ex-jogador, que fraturou uma perna.
Mantendo-se a acusação, o caminheiro, que tem 66 anos e responde pelas iniciais W.H.U.F., poderia ser condenado pela justiça a uma pena de entre 2 e 3 anos de prisão por lesões graves com resultados múltiplos.
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