Iarley não planeja fim da carreira, mas vislumbra jogo de despedida entre Inter x Boca
Movido a desafios, Iarley prefere nem traçar uma data para sua aposentadoria. O atacante do Goiás prefere traçar objetivos mais curtos e no momento pensa somente em ajudar seu clube a subir para a Série A do Campeonato Brasileiro. O cearense de Quixeramobim tem 38 anos e seu contrato com o esmeraldino termina no final deste ano.
Iarley conquistou seu primeiro Mundial pelo Boca Juniors na temporada de 2003 ao bater o Milan-ITA
O experiente atacante espera ajudar o Goiás no retorno para a Série A do Campeonato Brasileiro
O dia em que ele irá pendurar as chuteiras pode até não ter sido definido, entretanto, seus planos estão bem claros. Ele pretende continuar no futebol e realizar um jogo de despedida envolvendo Internacional e Boca Juniors-ARG, dois clubes que mais teve destaque. O outro é lançar livros sobre sua carreira.
Um deles já está em fase de final de preparação e deverá ser lançado em novembro deste ano. A ideia do atacante é contar histórias de sua passagem pelo Internacional, clube pelo qual foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 2006.
“Um livro será sobre a minha passagem pelo Internacional. Estou montando em parceria com um antigo assessor do Inter e estamos colhendo entrevistas com personagens daquele título histórico com o Fernandão e o Clemer. Depois que eu encerrar pretendo fazer outro livro envolvendo todos os clubes que joguei”, revelou Iarley, em entrevista ao UOL Esporte.
Mesmo sem ter certeza absoluta de como será sua vida quando deixar de jogar, Iarley tem certeza que não irá deixar o futebol. “Venho me preparando para esse dia. Seria burrice caso eu não trabalhasse com o futebol. Tudo que aprendi foi graças a bola, mas não defini se serei treinador, dirigente ou empresário”, explicou.
Durante sua extensa carreira, Iarley passou por clubes importantes como Internacional, Boca Juniors-ARG, Ceará e Goiás. Bem resolvido, o jogador deixou claro que não sonha em defender nenhum outro nos últimos anos como atleta. Por outro lado, lembrou que gostaria de ter tido uma chance na seleção brasileira.
“Não tem nenhum clube que eu ainda quero jogar. Um grande sonho que eu tinha era jogar pela seleção, mas isso acabou passando. Acho que não tive essa oportunidade porque comecei a jogar mais tarde e apareci com destaque após os 30 anos”, opinou.
Quando criança, Iarley era torcedor do Ceará e do Flamengo. Ele acabou tendo a chance de defender o primeiro em duas oportunidades e participou da conquista de dois estaduais de 2002 e 2011.
SAIBA MAIS SOBRE O ATACANTE IARLEY
Nome completo: Pedro Iarley Lima Dantas |
Data e local de nascimento: 29/03/1974, em Quixeramobim (CE) |
Clubes: Ferroviário-CE, Quixadá-CE, Real Madri B, Ceuta-ESP, Melila-ESP, Uniclinic-CE, Ceará, Paysandu, Boca Juniors-ARG, Dorados-MEX, Internacional, Goiás e Corinthians |
Títulos: Campeonato Cearense (2002 e 2011), Campeonato Goiano (2009 e 2012), Campeonato Gaúcho (2008), Torneio Clausura (2003), Copa Libertadores (2006), Recopa Sul-Americana (2007), Copa Intercontinental (2003) e Mundial de Clubes (2006) |
“Sempre defendi com amor todos os clubes que joguei. Hoje defendo o Goiás até o fim. Quando era criança fui torcedor do Flamengo e do Ceará. Pude defender o segundo em duas oportunidades. Durante a segunda passagem acabei sendo convidado para defender o Goiás na busca do acesso. Porém, quando encerrar a carreira talvez faça um jogo de despedida entre Internacional e Boca Juniors”, falou.
Por fim, ele comentou sobre sua fase atual no Goiás. Ele entende que o clube tem todas as condições de conseguir o acesso. A posição intermediária do esmeraldino não o assusta. Em sua visão, a chegada ao G-4 e uma sequência de vitórias poderá embalar o time comandado por Enderson Moreira.
“Temos um grupo qualificado. Precisamos encaixar uma sequência para dar moral ao grupo. Esse ano a dificuldade é maior. Por isso, entendo que a confiança irá aumentar com uma boa sequência. O trabalho está sendo bem feito. O Enderson é um treinador que possui opinião própria e nesse período que está no clube fiquei no banco umas duas vezes, mas tudo ficou esclarecido”, disse.
Mesmo com uma idade considerada avançada, Iarley deixou claro que faz os mesmos trabalhos dos companheiros e acha que sua longevidade se deve a genética.
“Eu treino igual aos outros jogadores. Acho até melhor jogar duas vezes por semana. Para o atleta jogar acaba tirando o estresse. Tive a sorte de nunca ter me lesionado seriamente e já fui, inclusive, elogiado por adversários pela minha energia. Acho que cheguei até aqui por ser privilegiado na parte genética e sempre ter me cuidado”, encerrou.
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