Fernandão garante coerência com time e nega proteção aos amigos de 2006 no Inter

Renan, Bolívar e Índio conhecem muito bem o novo técnico do Internacional. O trio é remanescente da grande conquista de Fernandão como capitão, a Libertadores de 2006. E tão logo assumiu o boné e o apito, o ex-atacante avisou os amigos: não haverá proteção.

“Sempre tive companheiros com lealdade. O Bolívar sempre foi um desses. O Índio e o Renan também. Vou tentar agir com coerência. Independente de ser meus amigos, vou tratar com naturalidade. E eles continuarão sendo meus amigos da mesma forma”, disse Fernandão.

Bolívar, inclusive, foi sucessor da liderança no vestiário. Após voltar da França, em 2008, ocupou o posto de voz forte dos jogadores. Fernandão recém havia deixado o Beira-Rio para atuar no Oriente Médio. A dupla se reencontrou no ano passado, quando o antigo companheiro de time assumiu a função de diretor-técnico.

“Fiquei por um ano como patrão deles, mandei nisso e naquilo e não teve problema algum. Será tranquilo. A idade nada mais é do que a capacidade que você tem. O Índio tem 37 anos e é um dos melhores zagueiros do país. Não vejo só pela idade, vejo pela capacidade. Mas confesso que não pensei nisso de dirigir gente mais velha do que eu”, comentou.

Dos três velhos parceiros, somente Renan não jogará na estreia de Fernandão como técnico. Ele segue na reserva de Muriel. Índio é titular da defesa e Bolívar será mantido, em detrimento de Rodrigo Moledo.

“O Bolívar fez grandes jogos na sequência. Duas ou três partidas seguidas muito boas. O Moledo tem velocidade incrível, vou usá-lo. Pela velocidade que tem, pela qualidade, está nos meus planos”, afirmou o agora técnico vermelho.