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Agência ligada ao Corinthians denuncia plágio, e campanha do Remo com torcida é retirada do ar

Órgão que regulamenta publicidade entendeu que houve cópia de campanha do Remo - Divulgação
Órgão que regulamenta publicidade entendeu que houve cópia de campanha do Remo Imagem: Divulgação

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

28/08/2012 06h00

O Remo foi obrigado a retirar dos meios de comunicação na semana passada campanha de mobilização de torcedores. A razão é que as peças foram consideradas plágios de um case ligado ao Corinthians.

  • Divulgação

    Campanha ligada ao Remo tratou sua torcida como uma 'nação'; ideia já existia, denunciou F/Nazca

A F/Nazca, agência que criou para a Nike a campanha República Popular do Corinthians, fez a denúncia ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) para que o órgão advertisse os idealizadores da propaganda do clube de Belém.

O Conar entendeu que ficou caracterizado plágio, destacando que haveria punição a campanha fosse mantida no ar pelo Remo, que cumpriu a ordem.

A campanha “Clube do Remo – O Remo é meu. Nada vai nos separar” foi desenvolvida por torcedores do clube e considerada plágio da campanha “República Popular do Corinthians”, idealizada em 2010.

O mote de ambas as campanhas é voltado ao torcedor, explorando o conceito de nação com as torcidas.

Atividades foram elaboradas para que o torcedor seja um personagem presente no cotidiano do clube.

Nos dois casos, a torcida integra um “país próprio”, com regras e leis específicas.

COMO FUNCIONA O CONAR

O CONAR é uma organização não-governamental que visa promover a liberdade de expressão publicitária e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial. Sua missão inclui o atendimento a denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. As denúncias são julgadas pelo Conselho de Ética. Quando comprovada a procedência de uma denúncia, é recomendada alteração ou suspensão do anúncio.

A “República” exalta a nação de 30 milhões de torcedores.

Foi criada a função de presidente da República alvinegra, assim como os “cargos” de Ministro da Arquibancada, da Comunicação, além das criações dos Ministério da Defesa e Ministério da Cultura.

A campanha do Remo destacava a existência de 5 milhões de torcedores.

“Entendemos que houve uma apropriação indevida de uma ideia desenvolvida especialmente para o torcedor corintiano. Ficou claro que ocorreu plágio por parte dos idealizadores da promoção do Remo. O Conar verificou que de fato estava caracterizado plágio e por isso determinou a suspensão”, declarou o sócio-diretor da F/Nazca Ivan Marques, que também é diretor de marketing do Corinthians.

O UOL Esporte tentou contato com a diretoria do Remo, mas não conseguiu retorno.