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Emerson Sheik diz que zagueiro do Boca passou a mão na sua bunda: "Chamei de maricón"

Sheik a Caruzzo: "Bate aqui no meu rosto, você não tem coragem, é frouxo" - Nacho Doce/Reuters
Sheik a Caruzzo: "Bate aqui no meu rosto, você não tem coragem, é frouxo" Imagem: Nacho Doce/Reuters

Do UOL, em São Paulo

05/09/2012 11h55

“Pô, sou lá de Nova Iguaçu, sou da favela. Não sou otário, sou malandro”. Foi assim que Emerson Sheik explicou seu autocontrole diante das provocações dos jogadores do Boca Juniors durante a vitória corintiana na final da Copa Libertadores no Pacaembu. Autor de dois gols na decisão, o atacante revelou à revista Placar que o zagueiro argentino Matías Caruzzo chegou a passar a mão na sua bunda durante a partida.

Aí ele começou a cuspir, passou a mão na minha bunda duas ou três vezes. Vou fazer o quê? Dar um soco? De repente, num jogo normal, sim. Mas ali não.

Emerson Sheik, relembrando provocações do zagueiro do Boca Matías Caruzzo, em entrevista à Placar

“Fui para jogar forte, como sempre faço, mas com lealdade, como sempre faço. Aí ele começou a cuspir, passou a mão na minha bunda duas ou três vezes. Vou fazer o quê? Dar um soco? De repente, num jogo normal, sim. Mas ali não. A única maneira que vi de retribuir era provocando também. E assim foi”, contou Emerson.

O atacante corintiano relatou que conseguiu inverter o jogo da provocação e desestabilizou o zagueiro Caruzzo: “O cara perdeu a linha, o foco. No segundo gol, isso fica claro pelo posicionamento dele, que não me acompanhou. Depois eu dizia: ‘Bate aqui no meu rosto, você não tem coragem, é frouxo’. Eu chamava o cara de boludo, de maricón, falava ‘dos a cero’ e ele ficava maluco!”, relembrou.

Sheik esclareceu que o Corinthians já estava engasgado com a atitude dos argentinos no jogo de ida na Bombonera, mas a orientação era a de não cair nas provocações, que já eram previstas para acontecer na partida de volta no Pacaembu. Temendo uma expulsão, a comissão técnica corintiana fez um trabalho especial com Emerson, já conhecido por ser pavio curto.

O LADO CARIDOSO DE EMERSON SHEIK

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“Quando fomos jogar na Argentina, os caras meteram a porrada, cuspiram e nada aconteceu. Eu fiquei meio... é pelada? Cadê a regra? Então aqui, era concentração total para não cairmos na provocação e terminarmos o jogo com 11 no Pacaembu. Isso foi repetido a semana toda – principalmente para mim, que, porra, sou foda. Entro ali e a chapa é quente”, revelou Sheik.

Na bola e na catimba, Emerson levou a melhor sobre Caruzzo ao marcar dois gols na vitória por 2 a 0 e ainda escapar das agressões do argentino: “Caímos no chão e, para não me dar um soco, ele pressionou meu rosto com a mão. Só que ela foi escorregando por causa do suor e o dedo dele parou na minha boca. Que azar que ele teve...”.