Atlético-MG eleva arrecadação em 2012 com acordo para exploração comercial do Independência
O acordo de exploração comercial do Independência, feito em parceira com a concessionária BWA, para explorar o estádio tem sido vantajoso aos cofres do Atlético-MG. Desde que voltou a atuar na capital mineira, em maio deste ano, o clube alvinegro obteve um ganho de quase R$ 8 milhões na renda bruta em relação à temporada 2011.
Somente em jogos do Campeonato Brasileiro, a receita líquida do Atlético atingiu, até o momento, aproximdamente R$ 4 milhões. Nas 14 partidas em que foi mandante na competição nacional, o clube mineiro arrecadou, em média, quase R$ 290 mil por confronto, atuando no Independência.
Com Ronaldinho, Atlético-MG desafia "desesperado" Sport e desânimo
Com a volta de Ronaldinho Gaúcho, desfalque na derrota para o Internacional, por cumprir suspensão imposta pelo STJD, o Atlético-MG, que perdeu a vice-liderança para o Grêmio e se afastou da briga pelo título, enfrenta "desesperado" Sport, que tenta buscar reação capaz de evitar a queda iminente à Série B, e abatimento após queda para o 3º lugar.
Obrigado a mandar jogos fora de Belo Horizonte desde meados de 2010, por causa das reformas dos dois estádios da capital mineira, Mineirão (reabre em dezembro) e Independência, o Atlético acumulou queda de público e renda ao passar a atuar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, que fica a 70 quilômetros da capital.
Comparada ao mesmo período deste ano, a média de público na Arena do Jacaré foi de 13.151, o equivalente a uma renda de pouco mais de R$ 1 milhão, praticamente oito vezes menor que o alcançado pela diretoria atleticana nesta temporada.
Com a volta para o Independência, que tem recebido bom público em função da boa campanha no Campeonato Brasileiro, o Atlético apresenta média de 18.309 torcedores por jogo, o que coloca o clube em quarto lugar no ranking de melhores médias na competição, atrás somente de Corinthians, Grêmio e São Paulo.
Lançado em maio passado, o “Galo na Veia” é um fator importante para a melhora deste quadro. O programa de sócio-torcedor esgotou a cota de associados em cerca de dois meses. Ao todo, o clube mineiro lucra pouco mais de R$ 1 milhão mensais com a iniciativa.
O diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, reconhece que a volta a Belo Horizonte foi financeiramente vantajosa. “A gente sabia que seria assim, que voltar para Belo Horizonte, com a torcida da cidade, que é diferente, teríamos benefícios em campo e fora dele. O Atlético aumentou as suas receitas”, afirmou o dirigente
O retorno à capital mineira também refletiu no desempenho do Atlético em campo. Invicto no Independência, o time mineiro venceu 13 dos 17 jogos no estádio e empatou quatro. O aproveitamento é de 85% no “caldeirão do Horto”.
Acordo polêmico
Assim que foi revelado, o acordo entre Atlético e BWA caiu uma bomba no futebol mineiro e precisou passar por alterações para ser validado. Os rivais Cruzeiro e América-MG, que é o proprietário do Independência, questionaram pontos do contrato, principalmente em relação às cláusulas que falam sobre administrar o estádio.
Pelo edital de licitação do Independência, nenhum clube pode participar da administração do estádio, mesmo em parceria com a empresa vencedora, a BWA. Os ajustes foram feitos para deixar claro que a participação do Atlético se refere apenas à exploração comercial.
De acordo com a parceria, o Atlético poderá explorar o Independência pelo período de dez anos. Pelo contrato, o clube mineiro tem direito a 45% da receita comercial obtida em todos os jogos no estádio. O América-MG e o governo de Minas têm direito a 5% cada um.
Atualizada às 9h45
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