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Marcada para janeiro, eleição presidencial do Palmeiras ainda vive só de especulações

Belluzzo, Tirone, Della Mônica e Pescarmona deixam eleições indefinidas - Arte/UOL com fotos da Folhapress
Belluzzo, Tirone, Della Mônica e Pescarmona deixam eleições indefinidas Imagem: Arte/UOL com fotos da Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

25/10/2012 11h00

A pouco mais de dois meses da eleição presidencial, o Palmeiras ainda tem um cenário completamente indefinido. Até mesmo o nome de candidatos é algo obscuro para aquela que será a última eleição indireta da história do clube do Palestra Itália.

Arnaldo Tirone diz que tentará reeleição, mas ainda não mostrou que terá um grupo político capaz de reelege-lo. Isso porque Mustafá Contursi e Affonso Della Mônica, que foram seus cabos eleitorais, já avisaram que não o apoiarão. Além disso, três vice-presidentes já pularam fora de sua chapa antes mesmo do fim da temporada: os mustafistas Edvaldo Frasson, Walter Munhoz e Mario Gianini não têm mais participação ativa na atual gestão. Apenas Roberto Frizzo resistiu.

Outro ícone do grupo de Mustafá Contursi já mostrou que está disposto a se afastar do ex-presidente para apoiar Tirone. Ele é o diretor jurídico Piraci Oliveira. Só seu apoio, no entanto, não bastaria para uma reeleição.

Percebendo a dificuldade de articulação de Tirone, a oposição se movimenta, mas também esbarra na falta de unidade. A UVB (União Verde e Branco), principal chapa do clube, trabalha com o nome de Wlademir Pescarmona para ser lançado, com grande apoio de Luiz Gonzaga Belluzzo, outro ex-presidente. Há, no entanto, parte do grupo que é simpático ao nome de Décio Perin, pouco conhecido pelo torcedor comum, mas com bom apoio nas alamedas palestrinas.

POSSÍVEL SURPRESA DA UVB

  • Luiz Carlos Granieri, um dos líderes da UVB ao lado de Belluzzo e Pescarmona, pode ser a surpresa

Uma terceira corrente até estimula a possibilidade de que Luiz Carlos Granieri seja lançado ao pleito. Isso porque ele tem trânsito em todas as alas do clube, inclusive na de Affonso Della Mônica. Inicialmente, ele é apenas candidato à presidência do Conselho Deliberativo. 

Della Mônica, aliás, tem tudo para ser um dos articuladores da campanha vencedora. Ainda sem se manifestar, seu grupo estima que segura cerca de 100 votos. A tendência é que ele entre em acordo com a UVB. O próprio líder da ala política recebe pedidos de lançar sua candidatura, mas já descartou essa possibilidade.

Por fim, ainda sem oficializar a sua candidatura, Paulo Nobre também trabalha nos bastidores para agregar votos. Ele tem o carinho dos conselheiros que pensam eu um clube profissionalizado, mas tem forte resistência dos mais antigos, que pedem que o empresário respeite uma fila para conseguir o cargo mais importante do clube.

Na reunião da última segunda-feira, para definir os moldes das eleições diretas, especulou-se até que Nobre estava em articulação com Mustafá Contursi, ex-presidente que não lançará nenhum candidato. O piloto de rali, no entanto, diz que aceita qualquer tipo de apoio, desde que ele não esteja atrelado a pedidos de cargos e conchavos.