Filho de ex-lateral Zé Maria vira arma de Tite para desvendar segredos do Chelsea
Tite recebe relatórios e vídeos periódicos do Chelsea, principal concorrente ao título do Mundial de Clubes. A ordem é separar tudo sobre o clube inglês e também de possíveis adversários da estreia do Mundial de Clubes. O material preparado pelos funcionários do Corinthians tem Fernando Lázaro como um dos integrantes. Há sete anos no clube, Fernando é filho do ex-lateral Zé Maria, ídolo corintiano nos anos 70 e 80.
Em uma sala no CT Joaquim Grava, o responsável pelo setor de Tecnologia Esportiva do Corinthians intensificou a análise dos concorrentes no Mundial.
ZÉ MARIA DESISTIU DE IDEIA DE VER O FILHO SER JOGADOR DO CORINTHIANS
Zé Maria queria que o filho fosse jogador. Mas Fernando optou por estudar, fazendo colegial técnico. Posteriormente, o filho do ex-lateral se formou em Administração de Empresas e cursa atualmente Educação Física.
“Eu no início queria que ele fosse jogador para dar continuidade da família no Corinthians. Mas não deu certo. Mas ele achou o espaço dele no clube. É um trabalho silencioso, que muitos não conhecem, mas que ajuda muito”.
Campeão europeu, o Chelsea deixou de atuar em função do centroavante (Drogba saiu), explorando a agilidade dos meias Mata, Hazard e Oscar. Mas as informações mais específicas são guardadas pelo setor de inteligência do Corinthians.
“Separamos vídeos de jogos, de posicionamento em faltas e características dos atletas. É um processo gradual e que também é acrescentado com as informações vindas da Inglaterra [o auxiliar técnico Geraldo Delamore foi assistir aos jogos do Chelsea]”, disse Fernando.
Nos jogos da Libertadores, o setor de tecnologia e inteligência dissecou as principais estrelas rivais, entre eles Riquelme e Neymar.
O campo de atuação do argentino foi analisado. Tite soube que Riquelme atuava numa faixa esquerda de ataque. Dias antes das finais, Ralf treinou caindo pela faixa preferida pelo ex-camisa 10 do Boca.
Das informações colhidas em jogos anteriores de Neymar, Cássio sabia que o santista costumava finalizar com mais costume pelo lado direito, da meia altura para cima. Tite, inclusive, usou esses dados em sua palestra para o mercado corporativo.
“O Tite tem esse interesse de ter muitos detalhes dos adversários. Mas o trabalho não fica apenas na análise dos vídeos. Temos pessoas que vão a campo acrescentar informações. Não dá para dizer que isso ganha jogo. Mas o Tite sabe que quanto mais dados pegamos, maior é o conhecimento sobre o rival, evitando surpresas”.
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