Futebol fica em segundo plano no Fla, e Engenhão vira palco de discussões políticas

O jogo sonolento entre duas equipes sem pretensões no Campeonato Brasileiro mostrou que o futebol não era dos assuntos mais importantes no Engenhão no último sábado, principalmente pelo lado rubro-negro. E os bastidores nos corredores e camarotes ratificaram esta situação. Restando menos de dez dias para as eleições presidenciais do clube da Gávea, o estádio virou palco de discussões políticas e conversas por alianças entre as chapas concorrentes no pleito.

Enquanto os times se preparavam antes da bola rolar para o empate em 1 a 1, alguns candidatos de oposição iam chegando ao Engenhão e iniciavam conversas para ratificar a união para a votação do dia 3 de dezembro. Por outro lado, a presidente Patricia Amorim intensificava sua campanha entre conselheiros e diretores presentes.

E se o time não conseguiu vencer o clássico em campo, o candidato Jorge Rodrigues conseguiu importante resultado no Engenhão neste sábado. O representante da Chapa Rosa (Fla Único) selou a parceria com mais um opositor. Depois de levar Maurício de Souza Rodrigues Neto durante a semana, foi a vez de juntar Lysias Itapicurú ao seu grupo.

"Iniciamos uma conversa na sexta e oficializamos tudo no jogo. E essa ida ao Engenhão serviu para simbolizar nossa união e fortalecer a campanha. Juntamos três candidatos de oposição (Jorge, Maurício e Lysias) e vamos tentar fisgar mais um, o Ronaldo [Chapa Branca]", revelou Lysias, que irá retirar sua candidatura para apoiar Jorge.

"Estamos juntando a oposição do Flamengo. Vimos que a Patricia está na frente das pesquisas e precisamos nos unir. Conversei com a Chapa Azul [outro grupo de oposição], mas não tinha tanta afinidade. Preferi me juntar ao Jorge. Fiz um documento, estabeleci as condições e vamos junto para essa briga contra a atual gestão", frisou o candidato.

E a preocupação com a eleição não está apenas nos bastidores, mas também no vestiário e no comando do departamento de futebol. O técnico Dorival Júnior e o diretor executivo Zinho não escondem a ansiedade por uma definição da votação para executar o planejamento para a próxima temporada. Antes disso, ambos seguem de mãos atadas e não conseguem definir contratações e dispensas no grupo.