Membro do Comitê Gestor do Santos renuncia, mas dirigente nega crise na cúpula
Samir Carvalho
Do UOL, em Santos (SP)
04/12/2012 19h47
A crise no Comitê Gestor do Santos aumentou nesta semana. Isso porque, um dos principais integrantes, Eduardo Vassiomon, que exerceu o cargo de vice-presidente do banco Itaú. O dirigente alegou motivos pessoais para deixar o cargo, mas o UOL Esporte apurou que a cúpula “não fala a mesma língua” desde a venda do meia Paulo Henrique Ganso ao São Paulo por R$ 23,9 milhões.
Após a saída ser oficializada nos próximos dias, o Santos terá que escolher o substituto, segundo determina o estatuto do clube. A escolha cabe ao presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e ao vice Odílio Rodrigues Filho.
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“Ele pediu a renuncia por motivos pessoais. Está muito ocupado com seus negócios, e o Comitê Gestor exige muito esforço. Mas ele continua nos apoiando e fazendo parte do Conselho. Não existe crise, a venda do Ganso foi unânime no grupo”, afirmou Odílio Rodrigues.
O Comitê Gestor é formado por nove pessoas. Além de Luis Álvaro, Odílio Rodrigues e Vassiomon, a cúpula é constituída por Augusto Videira, Álvaro de Souza, Caio de Stefano, Luciano Moita, Pedro Luiz Nunes Conceição e José Berenguer.
Entre eles, o clima não é dos melhores. Pedro Luiz ficou desgastado após as negociações que culminaram na saída de Ganso. O dirigente foi acusado pela diretoria do São Paulo de “esconder” informações a Luis Álvaro. Além disso, o ex-diretor de futebol do clube foi o mais participativo da transação.
O grupo sofre pressão por parte de conselheiros da situação e oposição do clube. Na última reunião do Conselho Deliberativo deste ano, que aconteceu na semana passada, nenhum dos nove integrantes do Comitê Gestor esteve presente.
Além dos nove, o Santos ainda conta no departamento de futebol com o superintendente Felipe Faro, e o gerente, Nei Pandolfo, que ajudam na reformulação do elenco.