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Vasco atrasa pagamentos de acordo e terá que desembolsar R$ 1,2 mi para Edmundo

Edmundo durante a despedida com a camisa do Vasco no início deste ano: cobrança - Alexandre Durão/UOL
Edmundo durante a despedida com a camisa do Vasco no início deste ano: cobrança Imagem: Alexandre Durão/UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/12/2012 22h05

A crise financeira do Vasco complicou um acordo judicial que transcorria normalmente até o mês de setembro com o ex-atacante e comentarista Edmundo. O clube deixou de pagar três parcelas no valor de R$ 160 mil cada, não respondeu a uma notificação da Justiça, e viu a dívida com o Animal subir de R$ 800 mil para R$ 1,2 milhão.

O acordo foi feito após a última passagem de Edmundo pelo Cruzmaltino, em 2008. A diretoria honrou 55 das 60 parcelas do documento. No entanto, com a falta de pagamento está prevista uma multa de 50% em cima do valor restante devido. O Animal fez o seu jogo de despedida no início de 2012 e havia retomado uma boa relação com a atual diretoria.

Segundo o advogado do ex-jogador, Luis Roberto Leven Siano, a alternativa foi a única solução após inúmeras tentativas de contato com o departamento jurídico do Gigante da Colina.

“Temos um acordo antigo. O Vasco honrou tudo corretamente até a parcela de número 55. Depois, pararam de pagar e não atenderam mais os nossos telefonemas. Mandamos uma notificação e o clube não respondeu no prazo de 48 horas. O momento administrativo é complicado, parece que falta diálogo, pois o Edmundo deixou o Vasco à vontade desde que fossem dadas todas as satisfações. Vamos resolver na Justiça. A situação só pode mudar se alguém do clube nos procurar, o que tentamos há pelo menos um mês”, explicou o advogado.

Vice-presidente jurídico do Vasco, Aníbal Rouxinol se mostrou desapontado com a atitude do ídolo da torcida. No entanto, disse que irá conversar com Edmundo para tentar equacionar a pendência.

“Há uns 40 dias conversei com o Edmundo e pedi para dar uma segurada pelos nossos problemas. Expliquei a situação do clube. Ele esperou um pouco, mas as pessoas têm limite. Mas eles possuem os meus telefones. Acho complicado ele pegar essa diferença em uma época tão difícil”, encerrou.