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Recuperação meteórica do Corinthians após queda vira exemplo no Conselho do Palmeiras

Conselheiros esquecem rivalidade e põem Corinthians como exemplo - Fernando Donasci/UOL
Conselheiros esquecem rivalidade e põem Corinthians como exemplo Imagem: Fernando Donasci/UOL

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

19/12/2012 06h03

No dia 02 de dezembro de 2007, os milhões de corintianos ficaram inconsoláveis pouco depois das 18h (horário de Brasília). Após assistirem ao empate por 1 a 1 com o Grêmio, a equipe teve seu rebaixamento decretado à Série B do Campeonato Brasileiro. Cinco anos depois, o mesmo mês foi da maior alegria da história do time: o título mundial que acabou com todos os tipos de provocações por parte de rivais. Tudo isso já é tomado como exemplo pelos arquirrivais, os palmeirenses.

ELEIÇÕES

  • Com apoio de Belluzzo e Della Monica, Perin já tem nomes para profissionalizar o Palmeiras

  • Menos radical, Nobre admite apoio de Mustafá e critica Belluzzo e formato das diretas no Palmeiras

  • Indeciso, Tirone ouve conselhos de amigos e familiares para não tentar reeleição no Palmeiras

Só em 2012, os corintianos se livraram do rótulo de não ter Libertadores e de nunca ter ganhado nada fora do país. Isso sem contar o fim da piada de que o time não tem casa - a inauguração do Itaquerão está prevista para o segundo semestre de 2013.

A maioria dos conselheiros do Palmeiras tem receio de falar abertamente do tema de Corinthians ser o exemplo por temer uma reação negativa da torcida, mas eles sabem que a reação meteórica corintiana é o maior exemplo para ser seguido a partir de 2013.

Em cinco anos após a queda, o Corinthians teve títulos dentro do campo, mas mudou também fora dele ao aumentar o colégio eleitoral, ampliando a possibilidade da alternância do poder. O time ainda apostou em bons jogadores a baixo custo, deu chance a Mano Menezes, que estava na ascendente, e teve em Ronaldo a grande sacada de marketing.

O modelo agora serve como exemplo. O Palmeiras já conseguiu mudar o seu modelo de eleição, aposta em Gilson Kleina, que vem de um bom período de trabalho na Ponte Preta e tem apostado na sua base e em jogadores que vem com pouco custo.

O plano ainda deve ser continuado pelo vencedor da eleição presidenciável em janeiro de 2013. Paulo Nobre e Décio Perin, por vezes, até evitam citar o nome do Corinthians, mas admitem que o modelo é bom para ser seguido. Os dois adotam discurso de profissionalizar as três principais áreas do clube.

Além de colocar um gerente remunerado no futebol, os dois pretendem profissionalizar a área financeira e marketing. Décio ainda afirma que já tem até seus escolhidos para assumir o principal departamento esportivo do clube e também já tem uma agência para comandar o marketing.