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Pescarmona desiste de presidência do Palmeiras e apoia Perin para combater Mustafá

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/12/2012 10h51

O ex-diretor de futebol do Palmeiras Wlademir Pescarmona oficializou na noite da última quinta-feira a retirada de sua candidatura à presidência do clube. A decisão foi tomada em uma reunião com seu grupo, a UVB (União Verde e Branco), e tem o intuito de "combater o ex-presidente Mustafá Contursi", apoiando Décio Perin.

A decisão já estava acertada desde o início da semana, como adiantou o UOL Esporte, mas dependia da reunião desta última quinta-feira para que tudo fosse oficializado publicamente. Assim, fica consolidada a base de Perin, com apoio da UVB e também do grupo do ex-presidente Affonso Della Mônica.

"Palmeirense, o cenário está definido para a luta em defesa do futuro da Sociedade Esportiva Palmeiras. Somos a maior chapa de oposição ao modelo implantado pelo ex- presidente Mustafá Contursi e acreditamos na transição democrática contra o atraso 'em nova embalagem'. A UVB, nesta noite, em reunião realizada na cidade de São Paulo, com a presença de 35 conselheiros titularesdecidiu pela retirada da candidatura de Wlademir Pescarmona para declarar apoio irrestrito ao candidato Décio Perin", afirma o site da chapa por meio de uma carta aberta.

O comunicado faz ironias ao outro candidato, o também oposicionista Paulo Nobre, que entra nesta eleição com o apoio de Mustafá Contursi e se diz como o "candidato novo". O sinal de que ambos estavam unidos aconteceu na reunião que definiu pelo filtro das eleições diretas, quando os dois votaram pelo mínimo de 20% de representatividade no Conselho Deliberativo para que uma chapa tivesse direito de ir ao pleito.

Com a quase certa desistência de Arnaldo Tirone, o cenário fica praticamente definido para as eleições do dia 21 de janeiro de 2013. Paulo Nobre e Décio Perin batalharão para ser o presidente que inaugurará a Arena Palestra e também comandará o centenário do clube, além, é claro, de batalhar pela volta à elite do futebol brasileiro. Duzentos e oitenta e cinco conselheiros têm direito a voto.