Topo

Arnaldo Tirone confirma que não vai se candidatar à reeleição no Palmeiras

À frente de uma gestão marcada por disputas políticas e o rebaixamento, Tirone não seguirá  - Fernando Donasci/UOL
À frente de uma gestão marcada por disputas políticas e o rebaixamento, Tirone não seguirá Imagem: Fernando Donasci/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/12/2012 15h51

Arnaldo Tirone não vai tentar a reeleição para a presidência do Palmeiras. Atual mandatário do clube, ele confirmou neste sábado que está fora da disputa pelo cargo, que acontecerá em janeiro de 2013.

"Não serei candidato. Nesse momento minha motivação é zero. Tenho que entender que o momento foi ruim no fim do ano. Na conquista da Copa do Brasil todos disseram que eu estava reeleito. Com o rebaixamento, perdemos a guerra no Campeonato Brasileiro e tive que recuar", disse o dirigente à rádio Bandeirantes, assumindo parte da culpa pela queda. 

“Eu assumo o que aconteceu [rebaixamento], não com uma parcela grande, mas uma boa parte, tanto que não vou tentar a reeleição para que outras pessoas possam assumir”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Com isso, a situação do Palmeiras segue sem um candidato definido. Até agora, os nomes mais fortes são Décio Perin e Paulo Nobre, que devem disputar a presidência entre si em 21 de janeiro, data em que acontecerá o pleito. Tirone diz que conversará com ambos para decidir qual deles irá apoiar. 

"Eu acho que não apoiar ninguém seria falta de personalidade. Os dois são bons, cada um à sua maneira, e eu vou conversar com eles para decidir quem eu vou apoiar. Eu acho que ainda tenho algumas pessoas que me seguem no clube, posso dar minha contribuição, mesmo que discreta", disse Tirone. 

O cartola encerrará seus dois anos de mandato com uma gestão marcada por inúmeras disputas políticas, a conquista do primeiro título nacional depois de muitos anos e o melancólico rebaixamento para a Série B. Perto da despedida, ele faz questão de ressaltar os aspectos positivos de seu trabalho. 

"O Palmeiras focou muito em alguns campeonatos, como o Paulista e a Copa do Brasil, e não deu certo. Desfocou no Brasileiro. E quando conquistamos a Copa do Brasil, continuou focado na conquista. Quando viemos a acordar, faltavam 13 rodadas", resumiu o dirigente. 

Fora da briga, Tirone agora encerrará seu mandato com a missão de entregar a Gilson Kleina um elenco capaz de brigar pelo acesso à Série A do Campeonato Brasileiro e também para disputar a Copa Libertadores. Até o momento, no entanto, a disputa política tem impedido o avanço do clube nas negociações, e o próprio presidente diz que só deve fazer contratações em 2013.