Ano conturbado do Flamengo define adeus de ídolos e esperança em nova direção
O ano de 2012 não termina nada bem para o Flamengo. Além de não conquistar títulos, o clube abusou dos erros e tornou o ambiente conturbado para desenvolver um trabalho aceitável na temporada. Contratações foram desfeitas - Adriano e Ronaldinho Gaúcho, ídolos do futebol brasileiro, deram adeus sem deixar saudades. Em meio às polêmicas fora de campo com os astros, a política do clube da Gávea também fervia em briga que culminou com a derrota de Patricia Amorim e a posse do presidente Eduardo Bandeira de Mello, cuja torcida deposita esperança para a transformação rubro-negra. Por fim, o time tropeçava e brigava contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Em campo, a campanha do Flamengo deixou a desejar durante todo o ano. O time não chegou às finas do Campeonato Carioca, foi eliminado na primeira fase da Copa Libertadores e conseguiu se salvar da queda para a Série B somente nas últimas rodadas do Brasileirão. Para personagens influentes na Gávea, a briga entre o técnico Vanderlei Luxemburgo e Ronaldinho Gaúcho foi o início de uma crise que não foi contornada até a última partida do ano.
Ainda durante a pré-Libertadores, o atual treinador do Grêmio foi demitido em uma queda de braço com o camisa 10. A presidente Patricia Amorim preteriu Luxemburgo e acabou sendo surpreendida - em maio - com uma ação de Ronaldinho na Justiça cobrando R$ 40 milhões. O jogador se transferiu para o Atlético-MG e o processo ainda corre na esfera judicial à espera de um possível acordo em 2013.
A partir da saída do meia, a diretoria contratou jogadores, mas poucos deram resultado. Enquanto Vagner Love se destacava em campo nas inúmeras tentativas frustradas de fazer o Flamengo decolar na temporada, a diretoria aparentava desespero. Em uma das iniciativas, resolveu repatriar o atacante Adriano.
O Imperador foi contratado em agosto, faltou a diversos treinos, mas teve as indisciplinas relevadas pelos dirigentes. No entanto, no início de novembro, o acordo foi rompido e o ídolo da torcida deixou a Gávea sem disputar uma partida sequer. Sem respaldo e com apenas um título em três anos de mandato (Campeonato Carioca 2011), a presidente Patricia Amorim já sentia o desgaste e a derrota no processo eleitoral parecia inevitável.
No início deste mês, o prognóstico foi confirmado nas urnas. A Chapa Azul, liderada por Eduardo Bandeira de Mello, venceu e tomou posse com a promessa de uma gestão profissional no clube de maior torcida do Brasil. Amorim passou o bastão e deixou a Gávea pela porta dos fundos, exemplo do que aconteceu com Vanderlei Luxemburgo, Ronaldinho e o próprio Adriano. Sem motivos para comemorar, esquecer 2012 e aprender com os erros é discurso recorrente da nova gestão para mudar o rumo da prosa no ano que se aproxima.
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