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Com futuro indefinido, Sampaio e estafe do Palmeiras trabalham sem vínculo com o clube

O gerente de futebol, César Sampaio, teve contrato encerrado no fim de dezembro - Rubens Cavallari/Folhapress
O gerente de futebol, César Sampaio, teve contrato encerrado no fim de dezembro Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

05/01/2013 06h00

A eleição presidencial do Palmeiras marcada para o dia 21 de janeiro deixa diversos funcionários do clube em situação atípica. Muitos trabalham sem vínculo empregatício, e optaram por seguir realizando as mesmas funções à espera de uma solução do caso. Esse é o caso do gerente de futebol, César Sampaio.

CLUBE VAI MULTAR VALDIVIA POR SUMIÇO

Valdivia segue sem se apresentar ao Palmeiras para a temporada 2013. E o pior. O clube tentou contato com o chileno, e não conseguiu informações do paradeiro. Sendo assim, a iniciativa foi a de aplicar uma multa ao jogador assim que ele retornar. A expectativa é de que isso aconteça neste sábado.

"O Valdivia não se reapresentou. Ele tinha que estar aqui ontem (quinta-feira) às 15h, e até agora não apareceu. Tivemos contato com uma pessoa que trabalha na gestão da carreira dele, e fomos avisados de que ele tem retorno marcado para o dia 5. Só que tentamos o contato com ele diretamente e não conseguimos. Não entendemos o motivo da ausência", destacou o gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio.

Sampaio teve contrato encerrado com o Palmeiras no fim de dezembro. Sabedor de que a diretoria estava impossibilitada de renovar o acordo por conta da provável mudança de gestão nos próximos dias, o dirigente aceitou trabalhar de forma voluntária, na expectativa de que o serviço seja remunerado futuramente.

“Não entendo isso como um trabalho voluntário. É uma responsabilidade da minha função, e tenho que continuar. Estou trabalhando sem salário. Só que sou um gestor em transição, e acima de um contrato tenho compromisso com o Palmeiras. Faço o que acho melhor para o clube”, argumentou César Sampaio.

A situação de Sampaio é a mesma vivida por integrantes da comissão técnica, e dos departamentos jurídico e de comunicação. São profissionais com vínculos vencidos e que optaram por dar sequência ao trabalho até o dia da eleição.

Os funcionários do Palmeiras obtiveram garantias do Conselho de Orientação Fiscal (COF), o responsável pela gestão financeira do clube nos últimos dias de mandato de Arnaldo Tirone, de que a situação será contornada com a realização de um contrato curto.

Nos próximos dias é esperada a efetuação de um contrato com validade até o fim de janeiro. O documento dá aos funcionários sem vínculo atualmente a garantia de pagamento pelos serviços prestados em janeiro.

“Não me preocupo com o pagamento. Entendo que estou agregando ainda mais valores, e isso está sendo prazeroso para mim. Trabalhar no Palmeiras é muito mais do que dinheiro. Depois vamos ver o que acontece”, disse Sampaio.