Inter impõe multa para brecar possível volta de Guiñazu ao futebol brasileiro
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
05/01/2013 14h57
O Internacional aceitou liberar Guiñazu para o Libertad, do Paraguai, mas costurou um acordo para que o volante não reapareça no futebol brasileiro vestindo outra camisa. O novo contrato do jogador inclui uma cláusula que prevê alta multa em caso de retorno.
O termo não impede um retorno ao Brasil, mas por seu valor elevado é visto como obstáculo quase intransponível para uma futura investida. A cláusula diz que a multa deverá ser paga em caso de volta dentro de dois anos.
Um mecanismo de defesa, por exemplo, do assédio do São Paulo – que mais de uma vez tentou contratar Guiñazu, e também do Grêmio. O tradicional rival negociou em 2007 com o volante, mas acabou perdendo a concorrência.
“Não duvidamos da índole do Guiñazu, mas esta cláusula é uma ferramenta de preservação ao clube. O valor é alto para um atleta de 34 anos, é um valor bem significativo”, disse o diretor de futebol do Inter Luís César Souto de Moura. "Nos cercamos para o Libertad não ser barriga de alguel de qualquer tipo de negócio", completou.
Guiñazu se despediu do Internacional na manhã deste sábado. O adeus foi dividido em três partes. A primeira com os antigos colegas, no gramado principal do CT do Parque Gigante. Depois em uma entrevista coletiva e por fim com o carinho da torcida, que levou faixas, instrumentos musicais e assediou o volante pela última vez.
O volante confirmou que antes do Libertad conversou com o Newell's Old Boys para deixar Porto Alegre. A oferta paraguaia foi mais forte para ele, que alegou planos familiares para conseguir rescindir de forma amigável com o Internacional. Guiñazu deve embarcar para Assunção na próxima terça-feira.