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Cúpula do Palmeiras fala em abandono de Tirone, que se defende: "não quero ouvir fofocas"

Arnaldo Tirone garante estar ativo no comando do Palmeiras e reclama de "fofoqueiros" - Danilo Lavieri/ UOL Esporte
Arnaldo Tirone garante estar ativo no comando do Palmeiras e reclama de "fofoqueiros" Imagem: Danilo Lavieri/ UOL Esporte

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

10/01/2013 06h00

O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, está nos últimos dias de mandato. E uma reclamação recorrente no clube é de que o cartola abandonou o posto em 2013. O UOL Esporte ouviu a queixa por parte de conselheiros, dirigentes e funcionários. Tirone se defendeu explicando o motivo para reuniões internas, mas afirmou estar ativo no comando do alviverde.

“Eu sei que as pessoas ficam falando isso de mim (ausência no clube) pelo fato de ter deixado de ir ao restaurante nas reuniões que fazíamos. Só que lá não vou mesmo. Sabe quando você não quer ouvir  fofocas, realmente não quero isso. Lá tem muito fofoqueiro”, justificou Tirone à reportagem.
 
O restaurante citado é localizado dentro da sede social do clube, na rua Turiaçu, zona oeste de São Paulo. Lá, Tirone se encontrava com sócios, dirigentes, conselheiros, e ouvia críticas e sugestões. No entanto, as reclamações são gerais, e atingem a Academia de Futebol, onde o time realiza a pré-temporada.

A principal queixa gira em torno da falta de repreensão do presidente a Valdivia. O mandatário sequer conversou com o chileno neste ano, e preferiu manter distância do caso.

“Ele ficou lá no Chile, e não falei com ele”, confirmou antes de responder sobre a falta de contato desde que o chileno voltou aos treinos na segunda-feira. “Sim, ele voltou. Só que não acho que tenha que falar com o Valdivia. O (César) Sampaio (gerente de futebol) está lá no CT para isso, e passou todos os detalhes a mim sobre comportamento, a multa que decidimos aplicar, essas coisas. É normal”, comentou Tirone.
O presidente disse estar em contato com Gilson Kleina para traçar os rumos do time em 2013. Até o momento foram apenas dois reforços, o lateral direito Ayrton, fechado com o clube desde agosto passado, e o goleiro Fernando Prass, anunciado há quase um mês.

“Não tem como ficarem reclamado de mim. Estou lá no clube todo o dia, assinando cheques a todo o momento. O Kleina falou comigo, estamos negociando com outros  jogadores, e por isso sempre me reúno com o COF sempre. Está tudo normal”, frisou Tirone.

O COF é o Conselho de Orientação Fiscal, responsável pela gestão financeira do clube nos últimos dias de mandato de Arnaldo Tirone. Qualquer gasto é necessário ser avalizado pelo grupo, já que Tirone concordou com o controle aprovado pelo Conselho Deliberativo. O fato fez com que alguns dirigentes palmeirenses julguem estar cômodo para o presidente justificar a falta de reforços com o impedimento do COF.

O controle do grupo vai até o dia 21 de janeiro, data em que ocorre a eleição do novo presidente do Palmeiras. Arnaldo Tirone já oficializou que deixa o clube na data, sem se arriscar na tentativa de reeleição.

“Quem quiser me encontrar sabe que estou no Palmeiras. Já até apresentei todos os detalhes dos clubes para os dois candidatos (Paulo Nobre e Décio Perin). Vou me reunir com eles com frequência. Só deixo o comando do Palmeiras no último dia de mandato”, avisou Tirone.