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Simon dá palestra ao Flu, alerta para catimba e estilo 'diferente' de arbitragem

Ex-árbitro Carlos Eugênio Simon dá palestra para os jogadores do Fluminense - Nelson Perez/Fluminense FC
Ex-árbitro Carlos Eugênio Simon dá palestra para os jogadores do Fluminense Imagem: Nelson Perez/Fluminense FC

Renan Rodrigues

Do UOL, em Atibaia (SP)

12/01/2013 14h47

Os jogadores do Fluminense tiveram uma palestra com o ex-árbitro e comentarista Carlos Eugênio Simon na noite da última sexta-feira, no hotel Bourbon, em Atibaia. O convite foi feito pelo diretor executivo da equipe carioca, Rodrigo Caetano, e a conversa serviu para que os jogadores recebessem dicas sobre a maneira como os juízes apitam partidas na Copa Libertadores. Simon também comentou sobre provocação e o diálogo com os apitadores nos jogos.

"Existe uma diferença [na maneira de apitar], talvez na teoria não deveria, mas na prática existe. Eu mesmo apitava Brasileiro de uma forma, Estadual de outra e a Libertadores também de maneira diferente. Existem características nas competições. O mesmo árbitro que apita no futebol brasileiro, acaba apitando menos faltas quando está num campeonato sul-americano", disse Simon.

Simon utilizou vídeos para explicar lances como mão na bola e cobrança de falta rápida. O principal conselho, porém, foi para que os jogadores mantenham a tranquilidade e não aceitem provocações. Tanto de rivais estrangeiros, quanto dos próprios clubes brasileiros.

"Essa história de que o jogador dos outros países da América Latina tem mais vontade que o brasileiro não procede. O jogador brasileiro também tem disposição, tem garra. O que acontece é que eles usam esse estilo para provocar. Cabe ao jogador daqui se prevalecer da qualidade. O árbitro vai marcar o que tiver que ser marcado e ele sabe quem está conduzindo o jogo para o caminho errado", declarou o ex-árbitro.

Uma palestra similar do ex-árbitro, que apitou por 27 anos e participou de três Copas do Mundo, já havia sido feita para os jogadores do Corinthians antes do Mundial de Clubes. Simon também comentou sobre reclamações mais ostensivas entre atletas e árbitros, que podem resultar em expulsão.

"O árbitro tem que saber levar o jogo, tem que ter essa conversa. Ele não é inimigo do jogador. Com respeito, sem sair falando palavrão, sem pressionar, a conversa é válida. Nunca tive problemas com Edmundo, Fred. O juiz também não pode entrar em campo para perseguir 22 jogadores", encerrou Simon.