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Apelidos são usados no 'novo Cruzeiro' para apressar entrosamento entre veteranos e novatos

Nilton entrega "veterano" Tinga como responsável por colocar apelidos no grupo - Washington Alves/Vipcomm
Nilton entrega "veterano" Tinga como responsável por colocar apelidos no grupo Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

13/01/2013 06h00

Uma semana de pré-temporada no Cruzeiro e as brincadeiras e a invenção de apelidos entre os jogadores já começaram na Toca da Raposa. Confinados desde a última terça-feira, os atletas aproveitam a “clausura” para conhecer os companheiros melhor e fazer amizades antes do início das competições. O “alvo” principal são os novatos e os provenientes das categorias de base.

Durante as atividades físicas e técnicas da semana, os jogadores já começaram as brincadeiras, comandadas principalmente pelos remanescentes do último ano. Segundo os novatos, quem comanda a algazarra é volante Tinga, de 34 anos.

Paulão gosta do apelido "Caveirão", mas garante que não é um zagueiro de estilo brucutu

  • Washington Alves/Vipcomm

    Dos 12 contratados pelo Cruzeiro, um já chega com apelido. Comparado ao veículo blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, por seu vigor em campo, o zagueiro Paulão admite gostar da relação com o carro e o personagem ?capitão Nascimento?, protagonista do filme brasileiro Tropa de Elite. Entretanto, ele descarta ser um zagueiro ?brucutu?. ?É um apelido que pega, de força, que eu até gosto. Alguns chegaram a falar que é porque eu era um brucutu, mas não é bem assim. Mas não tenho também que pegar leve lá atrás. É um apelido que não ofende, que marca o meu futebol, e que marca a minha vida?, disse o jogador, apresentado junto de outros nove contratados pelo Cruzeiro.

“O Tinga acabou colocando já dois, três apelidos em quem chegou. Não vou falar, porque não chegou a pegar ainda. Mas quando pegar, com certeza vou falar para todo mundo, inclusive vocês”, disse o volante Nilton, um dos 12 contratados pelo Cruzeiro para o próximo ano.

O ex-jogador do Vasco disse que ele já foi um dos alvos das brincadeiras. “Mas por enquanto está tranquilo. Por enquanto está só Niltão, porque Niltinho não tem como, pelo forte físico e estatura. Mas quero só ver depois”, disse o jogador.

Os jogadores aproveitam o confinamento e, com tempo livre, principalmente à noite, acabam se enturmando. A concentração direta vai durar até o próximo dia 19. Neste domingo, por exemplo, os jogadores poderão receber familiares na Toca da Raposa II, mas não diexarão o CT.

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    Remanescente do elenco celeste de 2012, o atacante argentino Martinuccio carrega apelido dado pelo meia Souza, que deixou o clube e que não perdoava os companheiros: Zacarias

Filmes e vídeo game, nas horas vagas, são as atividades preferidas de lazer. O zagueiro Nirley despista sobre ter recebido algum apelido, mas afirma que leva na “esportiva”.

“Não tem como não ter brincadeira, ainda mais com a gente chegando agora. Eles aproveitam. Mas eu ainda não recebi nenhum, mas se receber vou levar na esportiva, porque faz parte”, afirmou o jogador.

No grupo de 2012, o principal responsável pelos apelidos nos companheiros era o armador Souza, que deixou o clube. Martinuccio ganhou o apelido de Zacarias. Anselmo Ramon é o “queixo de tamanco”. Promovidos da base, o lateral-direito Mayke foi apelidado de amendoim, enquanto o meia Alisson é chamado de joão-de-barro.