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Presidente de Conselho de Fiscalização do Palmeiras veta Riquelme e não crê em acordo

O argentino Riquelme tem proposta do Palmeiras que não foi aprovada pelo COF  - Antonio Lacerda/EFE
O argentino Riquelme tem proposta do Palmeiras que não foi aprovada pelo COF Imagem: Antonio Lacerda/EFE

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

13/01/2013 16h48

O Palmeiras vive sob controle do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) nos últimos dias de mandato de Arnaldo Tirone. E o presidente do grupo, Alberto Strufladi, não concorda com as condições apresentadas para a contratação de Juan Román Riquelme. O dirigente orientou que mudanças na oferta fossem feitas, e não acredita na capacidade do clube em conseguir o acordo.

“São valores altos para um contratação de risco grande. Sou contra, mas temos que obedecer um colegiado. Não acho que o Palmeiras encontre maneiras de viabilizar a negociação”, disse Strufaldi, em entrevista ao UOL Esporte.

O COF adquiriu a responsabilidade de controlar os gastos do clube com o consentimento de Tirone. Poder de veto, Strufaldi não tem. A decisão cabe aos 15 membros do grupo, tendo o presidente o voto de minerva. A desaprovação da principal figura demonstra a dificuldade vivida pela diretoria do Palmeiras para trazer Riquelme.

“Não entramos no aspecto técnico. É meramente financeiro. O clube está endividado e não podemos trabalhar com determinados valores a ponto de deixar o barco desgovernado para o próximo presidente”, destacou Strufaldi.  

“A questão é simples: inicialmente a ideia era de que houvesse o desembolso do clube, e posteriormente, o desenvolvimento de um projeto de marketing. Nós orientamos que o projeto viesse na frente da proposta. Não queremos ver o clube desembolsar altos valores na contratação”, complementou.  

A proposta para contratação de Riquelme foi levada na última vez ao COF na semana passada. A oferta de cerca de R$ 300 mil de salário ainda estava acima da permitida pela cúpula de fiscalização, algo que fez com que muitos dirigentes duvidassem da contratação. Proposta semelhante para a renovação de Marcos Assunção já havia sido rejeitada pelo grupo.

O Palmeiras acionou o departamento de marketing na tentativa de viabilizar o acordo com Riquelme. Alguns dirigentes do clube ainda confiam na possibilidade de sucesso na contratação. Porém, o acordo não será aprovado com facilidade no COF.

“O que precisam ser vistos são a realidade dos valores e dos fatos. Se houver análise de que o retorno é absolutamente concreto, será aprovado. Caso não apresentem plano econômico viável, nem adianta conversar, pois vamos vetar”, frisou Alberto Strufaldi.