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Conselho de Fiscalização do Palmeiras deixa Tirone sem nenhuma aprovação em 2013

Arnaldo Tirone concedeu o direito de controle de gastos do COF no fim do ano passado - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Arnaldo Tirone concedeu o direito de controle de gastos do COF no fim do ano passado Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

14/01/2013 06h01

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras é o responsável pelo controle de gastos nos últimos dias de mandato de Arnaldo Tirone no clube. Com o poderio, o grupo formado por 15 conselheiros faz jogo duro, e ainda não aprovou nenhuma proposta levada por Tirone em 2013.

O presidente palmeirense tentou viabilizar a renovação contratual de Marcos Assunção e a contratação Riquelme, e encarou vetos dos conselheiros. Acordos validados nesta temporada foram conseguidos antes da intromissão do COF.

PRESIDENTE DO COF DIZ QUE VETA RIQUELME E NÃO CRÊ EM CONTRATAÇÃO

Alberto Strufladi não concorda com as condições apresentadas para a contratação de Juan Román Riquelme. O dirigente orientou que mudanças na oferta fossem feitas, e não acredita na capacidade do clube em conseguir o acordo.

“São valores altos para um contratação de risco grande. Sou contra, mas temos que obedecer um colegiado. Não acho que o Palmeiras encontre maneiras de viabilizar a negociação”, disse Strufaldi

“Nós vivemos situação financeira ruim, clube endividado, e temos a obrigação de fazer um controle de gastos. Não cuidamos de aspecto técnico. Vamos analisar o que é viável economicamente ao Palmeiras”, avisou o presidente do COF, Alberto Strufaldi, em entrevista ao UOL Esporte.

As contratações de Fernando Prass e Ayrton, além da renovação de Barcos, foram negociações trabalhadas sem a possibilidade de veto do COF. Na atual diretoria, a desconfiança de que os acordos seriam vetados é grande.

“Não podemos nos intrometer em decisões passadas. Existem julgamentos de uma comissão para decidirmos os valores trabalhados nesses acordos foram aceitáveis. Só que não dá para dizer que trabalharíamos contra esses nomes, pois nem chegarmos a discutir”, destacou Strufaldi.

O poder de controlar os gastos dos últimos dias da gestão Tirone foi adquirido no fim de dezembro. Logo de cara, os conselheiros vetaram a possibilidade de renovação contratual de Marcos Assunção com salário em torno de R$ 350. O acordo com Riquelme com valores próximos ao do volante também não foi avalizado.

Para alguns membros da atual diretoria do Palmeiras, o poder do COF é prejudicial ao Palmeiras por prejudicar o clube na luta por reforços. Eles acreditam que Tirone só aceitou a condição por medo de perder futuramente o cargo destinado a ex-presidentes no grupo.

"Trabalhei no COF por 14 anos e sei como funciona. Não vejo problema algum nisso. Temos todos de pensar no Palmeiras", justificou Tirone.