Gastos de 2012 fazem Flu buscar meia 'de impacto', mas com baixo valor de mercado

Enquanto a torcida do Fluminense anseia pela chegada de um meia para completar as contratações para o primeiro semestre de 2013, a diretoria Tricolor faz contas. É que a 'conta' do cartão de crédito da equipe carioca vence nesta temporada. Contratações feitas no ano passado, como do volante Jean e do atacante Rafael Sobis, terão que ser pagas. Por isso, o perfil dos armadores, além da técnica e potencial midiático, é de custo zero para os cofres.

Riquelme, Felipe e Carlos Eduardo, além de outros dois nomes desconhecidos, são os alvos da diretoria. O trio, porém, não custaria caro ao Fluminense. O argentino está em litígio com o Boca Juniors, que aceita liberá-lo para outro clube. A negociação passa por salários e prêmios de assinatura. Mesma situação de Felipe, que rescindiu contrato com o Vasco e está livre para assinar com qualquer outro clube. 

As prestações de negociações do ano passado, aliadas aos investimentos para a contratação de Wellington Silva, Rhayner e Monzón, fizeram com que o time carioca tivesse que 'apertar' o orçamento. Este, aliás, é um dos motivos para que as negociações com Conca não tenham evoluído.

O Fluminense pagará R$ 3,5 milhões para confirmar a opção de compra do volante Jean, além de desembolsar valores similares pelas parcelas da contratação de Rafael Sobis e Wagner. Ao todo, a conta chega perto dos R$ 10 milhões. O vice presidente de futebol do Tricolor, Sandro Lima, lembra dos negócios já firmados e diz que o meia tem que se encaixar no limite de caixa do clube.

"O Fluminense tem alguns compromissos. A montagem desse elenco começou no ano passado. Tem o empréstimo do São Paulo pelo Jean, que vence no meio do ano e vamos exercer o direito de compra. E também tem a questão do Rafael Sobis e do Wagner. Vamos buscar um nome que encaixe no orçamento do Fluminense também, e que dê um retorno técnico", disse Sandro Lima, que também impôs um limite na questão salarial.

"Existe um teto salarial, sim. E um orçamento que a gente vai trabalhar em cima dele. Nenhum desses jogadores [Riquelme, Felipe e Carlos Eduardo] é tão fácil de negociar, pois são jogadores consagrados, conhecidos. Essa parte fica mais com o Rodrigo Caetano, que participa das negociações. Temos que avaliar o custo benefício dos atletas", completou o vice presidente de futebol do Fluminense. 

A situação do armador Carlos Eduardo é mais complicada para o time carioca por conta dos valores. O Rubin Kazan-RUS, clube que detêm os direitos econômicos do jogador, aceita liberá-lo por empréstimo, mas além dos salários altos, pede uma compensação pela negociação. Atualmente o Fluminense conta com cinco meias no elenco: Deco, Wagner, Thiago Neves, Eduardo e Higor. Apesar de declarar que não tem pressa, a diretoria do Fluminense deve definir o nome nos próximos dias.