Diretoria e conselheiros empurram culpa por morosidade do Palmeiras no mercado
O Palmeiras está sem reforços para 2013 desde que um documento foi assinado pelo presidente Arnaldo Tirone dia 21 de dezembro. O comprometimento foi o de que o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) tivesse o poder absoluto para contratações, algo que ainda é muito discutido nos bastidores. A responsabilidade pela morosidade palmeirense no mercado está dividida, mas conselheiros e diretoria empurram a culpa um para o outro.
Tirone acredita que o COF, formado por 15 conselheiros do clube, tem interesse político em vetar contratações. Já o grupo gestor do Palmeiras avalia que o posicionamento visa amenizar a culpa do presidente pelo fato de a equipe estar enfraquecida em relação aos rivais.
Para evitar ser responsabilizado pela ineficiência no mercado, o COF divulgou nota na última terça-feira em que se defende da acusação de dirigentes de ter prejudicado o clube com a assinatura do documento em dezembro.
“É bom deixar claro que o fato de o COF solicitar a apresentação de recursos financeiros para a viabilização econômica envolvendo a negociação de qualquer profissional não impede o departamento de futebol de fazer contratações”, cita trecho do comunicado.
O presidente do Palmeiras tenta comprovar que o clube tem condições de realizar contratações com garantia de pagamentos. No entanto, a alegação é de que o COF prejudica as tentativas por ter o interesse em obrigar Tirone a comprovar a capacidade com base no dinheiro em caixa.
As contratações de Fernando Prass e Ayrton, únicas para 2013 até o momento, foram realizadas antes do COF tomar o poder no clube. Conselheiros do grupo ainda garantem que teriam vetado a vinda de Prass pela desaprovação dos gastos com o goleiro.
A proposta de renovação de Marcos Assunção também foi levada ao COF por Tirone, e desaprovada pelos membros do grupo. Eles também são os responsáveis por solicitar que o presidente do Palmeiras comprove condições de buscar parceiros para contratar Riquelme, algo que o mandatário ainda não apresentou.
Com o poder dividido, e sem ninguém assumir a responsabilidade pela letargia no mercado, o Palmeiras inicia 2013 com elenco reduzido, algo que irrita o treinador Gilson Kleina.
“Aqui eu já me reuni mais do que a ONU (Organização das Naçoes Unidas). Só que foi me passado que a situações está difícil, tem uma comissão fiscal, uma série de fatores. Agora o que precisam entender é que essa teoria fica longe do que está acontecendo com o elenco. Pela grandeza do Palmeiras temos que ser, no mínimo, mais inteligentes, e entender que não é querer. É necessidade”, disparou Kleina.
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